A vereadora Luzia de Fátima Silva Abadias – Sol de Verão – do Democratas, eleita em 2020 com 800 votos válidos, sendo 2º lugar nas eleições para a 10ª Legislatura em Jaru (RO), usou suas redes sociais nesta terça-feira, 08 de fevereiro, para divulgar uma “Nota de Esclarecimento”, sobre a reprovação da “Moção de Repúdio” ao jornalista Wilson Rodrigues, o Pica-Pau, que é de Ariquemes (RO) e trabalha numa repetidora de TV, canal local.
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Pica-Pau que era de Jaru, se envolve em nova polêmica em Ariquemes, RO
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A vereadora Sol de Verão viu a moção ser reprovada por sete dos 13 colegas, além dela e o presidente, que não vota, somente em caso de empate, como ocorreu, reprovarem a moção de repúdio.
A justificativa principal, foi que o judiciário é quem cuida de crimes como os que o apresentador poderá responder, pois, ainda não lhe teria sido atribuído nada pelo Ministério Público de Ariquemes, que recebeu denúncias, acolheu e está analisando.
Outra explicação, foi sobre a jurisdição. “É em Ariquemes. Já temos nossos próprios problemas”, disse um dos colegas, na hora em que a moção foi para a discussão, como todos os projetos são colocados.
Além dessas justificativas, todos os que votaram contra, tiveram como alicerce, o comportamento cristão na abertura dos trabalhos da casa de leis, que lê versículos bíblicos, faz, promove, realiza orações e declina para o que Cristo apregoou sobre ‘buscar perdoar’.
Numa das falas, um dos que votou contra a moção de repúdio, disse que o apresentador e a TV local em Ariquemes, já haviam se pronunciado, pedido desculpas, assumido o erro e se retratado.
Porém, a vereadora Sol de Verão foi para as redes sociais nesta terça-feira e divulgou uma Nota de Esclarecimento que poderá provocar tempestuosas nuvens, encobrindo o “sol” e tornando os dias que surgirão daqui para frente, um tanto “nublados”.
Uma das partes fortes da “Nota de Esclarecimento”, está no 3º parágrafo, que fala sobre o comportamento ‘genérico dos que reprovaram a moção de repúdio’. Leia:
“Respeito o Processo Democrático, mas lamento a postura da Câmara de Vereadores ao se omitir diante do ocorrido, ainda mais sendo uma Câmara que está prestes a dar um importante passo na defesa dos Direitos da Mulher, com a inauguração do espaço físico da Procuradoria Especial da Mulher”.
A vereadora segue dando explicações, inclusive, muito bem orientada sobre números expressivos de violência contra mulheres e crianças e no 6º parágrafo da “Nota”, Sol chama a Câmara de Vereadores de forma genérica, de omissa e de conivente. Leia:
“O ainda mais grave nesta omissão conivente, penso, é por se tratar de um crime bárbaro, que no Brasil atinge uma mulher a cada 8 minutos, sendo que, em 70% dos casos a violência se dá contra crianças ou pessoas vulneráveis, e é cometido, em sua maioria, por parentes próximos. Destes, apenas 10% dos casos são levados às autoridades e, ainda assim, 99% dos casos que são notificados permanecem impunes! É essa a importância de se politizar o assunto e dar voz às vítimas. Só jogando luz ao tema é que, verdadeiramente, a Justiça poderá fazer o seu trabalho; e qualquer fala que desincentive as vítimas a denunciar seus algozes deve ser pronta e duramente repudiada, sob pena de se reforçar a injustiça”.
A Redação conversou um longo tempo com a parlamentar, antes da publicação da matéria, a fim de levantar informações se realmente era este o pensamento dela, a respeito dos seus colegas de câmara e se, não lhe casou nenhum problema, ter citado os nomes dos que apoiaram.
Conforme Sol de Verão, citar os que permaneceram calados, foi uma forma de homenagem e de agradecimento pelo apoio dado a tentativa de repúdio ao apresentador.
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Nelson Salim Salles