Mais um dia, acordo pensando em coisas que hoje me são tão comuns que nem percebo estar pensando nelas, e em um momento de tempo entre o café e a saída para o trabalho vejo uma matéria aqui no site O MINUTO NOTÍCIA que traz um relato sobre dois jovens, repito, dois jovens que por razões que eu desconheço enveredaram pelos enganosos caminhos do crime. Diz a matéria que um deles foi morto em um tiroteio travado com policiais, o outro encontra-se gravemente ferido.
Percebo nos comentários deixados pelos leitores que há uma certo clima de comemoração pelo ocorrido, não quero aqui defender uma ou outra posição sobre o que aconteceu com os jovens mas quero chamar a atenção para o fator banalização, o que percebo é a vulgarização da vida e ao mesmo tempo da morte e da violência, entendo que em cidades maiores onde o índice de violência é bem mais elevado, esse tipo de notícia serve apenas como motivo para conversas de botequim, pois a violência tornou se banal, fazendo parte do dia-a-dia do brasileiro, infelizmente.
Diante disso, resta-me, procurar a razão para que o humano esteja se acostumando com algo tão ruim e, após um momento de reflexão, chego à conclusão que tudo isto ocorre pela falta de uma coisa tão falada e tão pouco praticada, o AMOR.
Talvez o homem na sua correria desenfreada pelo dinheiro, ou mesmo pelo fato de ter que vencer na vida, esteja esquecendo que antes de ser rico, ou vencedor, é um homem e, este homem, para ser feliz, deve lembrar-se do sentido da palavra Philia.
Paulo o mais conhecido missionário cristão escreveu que Sem Amor ele nada seria. Deixo a pergunta ao leitor: o que temos feito em prol desse amor? Quero e espero estar enganado, crendo que o humano ainda ama, ainda tem empatia e que chegará o tempo em que todos nós, ao lermos uma matéria sobre morte violenta de alguém, sejamos capazes de nos indignar.