A bonita Espigão do Oeste (RO), cidade mais pomerana da Região Norte do Brasil, possui três cemitérios. O mais antigo São Francisco de Assis, o mais recente Cemitério da Paz, ambos municipais e também, um cemitério privado, Ecumênico da Paz, onde são sepultadas as famílias descendentes de alemães pomeranos, em maior parte, que pagam mensalmente para depositar os restos mortais de seus entes queridos no local.
No Dia de Finados, feriado que é celebrado especialmente por católicos e luteranos, os três cemitérios da cidade recebem muitos visitantes, inclusive de municípios próximos, como é o caso de Pimenta Bueno, Cacoal, Rolim de Moura, Primavera de Rondônia, São Felipe do Oeste e até de Nova Brasilândia.
Famílias inteiras vão juntas aos campos santos, visitar entes queridos que foram sepultados ali. A celebração do feriado em Espigão do Oeste, também chama a atenção pelo volume de pessoas que são encontradas nos três campos santos.
No cemitério municipal São Francisco de Assis, encontramos a família do empresário do ramo de produtos agropecuários Jaime Gonçalves Costa, que é pioneiro na cidade.
Jaime é filho do pecuarista senhor Branco Lara, que chegou quando a cidade nem existia. Branco Lara é um dos desbravadores do município e toda a sua família, nunca saiu da cidade. Alguns estão no município há mais de meio século.
Com a esposa e o casal de filhos, o empresário disse que é uma tradição a visita aos cemitérios da cidade no feriado de Finados. Jaime destacou o zelo com que o poder publico tem tratado o local.
No Cemitério da Paz, que também é municipal, encontramos o vendedor de sorvetes que é ícone no município, o famoso “Azulão”. Ele chegou em junho de 1994 a Espigão do Oeste e, desde então, mora no mesmo lugar e fabrica os próprios sorvetes para vender. Ele é conhecido até em outros municípios, pelo seu jeito brincalhão e a forma como atende as pessoas, na maioria amigos que encontra na igreja, pelas ruas, especialmente enquanto trabalha.
Jazigos bonitos, histórias tristes e também boas lembranças. Parece estranho, mas se ouve boas histórias nos cemitérios. Lembranças de pessoas que partiram e deixaram legados que poderão ser eternizados.
Espigão do Oeste, uma cidade com muitas histórias, mesmo nos cemitérios, quer sejam os dois municipais, ou no privado.
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