O tenente-coronel Mauro Cid depõe, nesta 5ª feira (18.mai), à Polícia Federal no inquérito que apura supostas fraudes em cartões de vacinação contra covid-19. Além do militar, os registros teriam beneficiado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que já foi interrogado sobre o assunto, bem como amigos e familiares para ingressar nos Estados Unidos.
O depoimento de Cid está marcado para às 14h30. Ele, assim como outros cinco investigados no esquema, está preso desde 3 de maio, quando a Polícia Federal deflagrou a operação “Venire”. Todos são suspeitos de colaborar para a inserção de dados falsos no Ministério da Saúde para emitir certificados de vacinação contra covid-19.
Além da suposta fraude, Cid deve ser questionado sobre conversas de golpe de Estado com o ex-major do Exército Ailton Gomes. Os áudios descobertos foram enviados em dezembro de 2022 – dois meses após a derrota de Bolsonaro nas eleições. Em 2021, ambos ainda conversaram sobre quem foi o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, do Rio de Janeiro.
Este é o terceiro depoimento de Mauro Cid em menos de dois meses. No início de abril, o militar foi interrogado no inquérito que investiga a tentativa do governo Bolsonaro de entrar com joias sauditas no Brasil sem declará-las à Receita Federal. Ele foi um dos ajudantes do ex-presidente que tentou recuperar os itens apreendidos.