Cacoal (RO), vive um momento crítico por causa das queimadas e nesta semana, o município está coberto pela fumaça. No começo da noite desta terça-feira, 27 de agosto, a baixa visibilidade perdurava.
Conforme informações apuradas pela reportagem, a visão estava comprometida a partir dos 50 metros, nalguns pontos.
A fumaça vem de queimadas nos arredores. Desde o fim de semana, um fluxo de ventos também tem transportado fuligem de incêndios florestais que ainda acontecem na região, para a cidade.
O tempo seco também tem dificultado a dispersão da fumaça e aumentado o risco de mais queimadas. O tempo segue abafado, as temperaturas altíssimas e muita gente tem sentido os efeitos desse fenômeno.
No último final de semana, um incêndio de grandes proporções foi registrado na zona rural do município, atingindo as Linhas 11 e 12, deixando os moradores assustado e um cenário de destruição. Uma situação que preocupa não só Cacoal, mas o estado como um todo.
Decreto de situação de emergência
Em razão da quantidade de incêndios florestais que se espalham a cada dia pelo estado. O governo de Rondônia publicou um decreto onde declara situação de emergência. Em um período de seca extrema, o estado bateu recordes. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a quantidade de queimadas é a maior em cinco anos//
O decreto foi publicado na segunda-feira no diário oficial do estado de Rondônia (Diof) e tem validade de 180 dias.
A medida autoriza os órgãos estaduais a atuarem sob a coordenação do comitê estadual de prevenção e combate a incêndios florestais. Cada município pode solicitar e gerir seu próprio recurso no enfrentamento às chamas.
Segundo o decreto, o panorama das queimadas em Rondônia tornou-se extremamente preocupante, com números que superam significativamente os registrados em anos anteriores.
Entre o dia 1º de janeiro e 26 de agosto, mais de 5,5 mil focos de incêndio foram registrados em Rondônia. A única vez que o estado teve registros mais numerosos que esses foi em 2019, quando mais de 6,4 mil focos foram quantificados.
Esses incêndios ocorrem em um período de seca e estiagem extrema. Ainda segundo o governo, junho e julho foram os piores meses em quase 60 anos.
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