Mais uma reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a criação de reservas ambientais em Rondônia, foi realizada na última quarta-feira (16), no Plenarinho 2 da Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero).
No encontro da CPI, estiveram presentes os deputados estaduais Alex Redano (Republicanos), presidente da comissão; Pedro Fernandes (PTB), relator; Delegado Lucas (PP); e a deputada Dra. Taíssa (PSC). Também marcou presença o advogado Doca.
A deputada Dra. Taíssa foi a primeira a fazer uso da palavra onde reforçou a necessidade urgente de que o Governo do Estado tenha um olhar de preocupação em relação aos agricultores que vivem nessas reservas e que estão correndo o risco de perder tudo o que construíram ao longo de anos.
“São proprietários sem qualquer segurança. Mesmo com título definitivo, não tem direito à propriedade. Na minha região, de Nova Mamoré, além disso, faltam estradas. Não adianta ter floresta se o povo não tem o que beber ou comer. O povo indígena quer ter moto, carro e colocar o filho na faculdade. Só falam de reserva e de aldeia, mas as pessoas precisam ter qualidade de vida. Precisamos ter responsabilidade social. Só árvores não adianta nada”, afirmou.
Governador
O relator da CPI, deputado Pedro Fernandes, alertou que a Comissão Parlamentar de Inquérito já conhece as reinvindicações dos produtores rurais, que estão sendo expulsos das terras. Para ele, é preciso avançar nos trabalhos.
“Precisamos nos reunir com o governador, chamar para a ele a responsabilidade. São pessoas que estão com as emoções à flor da pele e necessitam de uma resposta para a situação que enfrentam”, declarou.
O deputado Delegado Lucas Torres (PP), também compartilhou das opiniões dos colegas de parlamento. Ele destacou que são seres humanos e que merecem respeito e dignidade humana. Outro ponto observado pelo deputado e que merece cuidados, é a posição do Ministério Público de Rondônia.
“O MP dá como solução a retirada de todos dessas reservas. O retrocesso econômico e social com essa medida é incabível. O elemento humano não pode ser preterido. O senso de urgência bate à nossa porta. Façamos um esforço para terminar essa CPI”, pediu.
Ao final do encontro, ficou decidido pelos parlamentares que será feita uma nova reunião da comissão no dia 23 de outubro, às 14h30. Foi decidido também pela convocação de algumas pessoas envolvidas no processo de criação das reservas, para participarem dessa próxima reunião da CPI.
Texto: Ivanilson Tolentino I Secom ALE/RO