Rondônia, 25 de novembro de 2024
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Oposição não pode transformar CPI da Pandemia na CPI da Cloroquina, diz Marcos Rogério

O senador rondoniense também voltou a defender que o Executivo federal amplie cada vez mais o diálogo com os governos estaduais e municipais e frisou a necessidade de se fazer um acompanhamento do uso dos recursos federais.

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Senador Marcos Rogério (DEM/RO)

Na sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid desta quinta-feira (6), o líder do Democratas no Senado, Marcos Rogério (RO), criticou tentativa de membros do colegiado de tratar a pandemia de forma simplista, exigindo do Executivo ações que já estão sendo tomadas no combate à crise. O parlamentar criticou a oposição por explorar opiniões pessoais do presidente Jair Bolsonaro em detrimento dos fatos. “Não é possível que essa CPI vá para praticar o reducionismo de transformar essa tragédia mundial como um problema simplório, que possa ser explicado pelo uso ou não de cloroquina, por exemplo”, apontou o senador.

Os senadores ouviram hoje o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre ações do governo federal no enfrentamento do vírus. Marcos Rogério lembrou que tanto o Legislativo quanto Executivo têm trabalhado, juntos, por soluções para o momento, ampliando as possibilidades de compra de vacinas, destinando recursos para estados e municípios e pautando matérias consideradas essenciais para o combate à covid-19.

“A pandemia, como significa o próprio conceito, é um flagelo de âmbito mundial, que desafia todos os governos e todas as sociedades. A questão é ampla e complexa e, assim, deve ser tratada”, reforçou o líder do Democratas. Marcos Rogério criticou ainda tendência da relatoria da CPI em querer induzir a resposta dos convidados. “Esse não é um tribunal de inquisição. Essa CPI tem que ter uma visão ampla, recolher informações com a maior amplitude possível e não para preencher um rascunho de um relatório previamente elaborado pelo relator”, pontuou.

Durante a sessão, Marcos Rogério lembrou projeto de lei, aprovado pelo Senado e agora em tramitação na Câmara, que autoriza a quebra de patente temporária de vacinas, testes de diagnósticos e medicamentos para o enfrentamento da covid-19. O senador ressaltou, entretanto, que apesar de alguns membros da CPI pedirem pressa, a quebra da patente e o interesse de um laboratório em produzir a vacina leva entre 12 e 18 meses. Queiroga garantiu que, em termos de aquisição de vacinas para imunizar a população, o país caminha para um cenário de autossuficiência não só na produção de insumos em situações de pandemia como em outras campanhas.

O senador rondoniense também voltou a defender que o Executivo federal amplie cada vez mais o diálogo com os governos estaduais e municipais e frisou a necessidade de se fazer um acompanhamento do uso dos recursos federais para ações contra o vírus. “Ampliar o diálogo com estados e municípios para vencer a covid-19 e criar uma grande união nacional com o propósito de vencer a pandemia: esse deve ser o objetivo de todos nós. Temos recebido notícias de que muitos entes não conseguiram aplicar os recursos repassados. Milhões que ficaram em contas dos estados e municípios e não foram gastos”, alertou.



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