O julgamento de Gabriel Souza, acusado de feminicídio e aborto, teve início nesta segunda-feira, 24 de março, em Pimenta Bueno (RO) e foi marcado por um protesto silencioso da família da vítima, Antonieli Nunes. A manifestação ocorreu em frente ao Fórum Desembargador Darci Ferreira, onde familiares e amigos seguravam cartazes pedindo justiça pela morte de Antonieli.
Antes do início do julgamento, quatro testemunhas foram descartadas por decisão do juiz responsável pelo caso, que considerou seus depoimentos irrelevantes para o processo. Tanto a promotoria quanto a defensoria pública concordaram com a exclusão dessas testemunhas.
Plenário lotado – 2025
Um dos momentos mais comentados foi a ausência do réu, Gabriel Souza, que solicitou ao Poder Judiciário a permissão para não comparecer ao tribunal. O pedido foi aceito, e sua ausência gerou reações diversas entre os presentes.
O crime, ocorrido em fevereiro de 2022, gerou grande repercussão. A defesa de Gabriel tentou anular provas e depoimentos, alegando nulidades no processo, como a quebra da cadeia de custódia de provas e a invalidação de laudos periciais. No entanto, todos os recursos foram negados pelo Tribunal de Justiça de Rondônia e pelas instâncias superiores, incluindo o STJ e o STF.
Carro estacionado em frente ao Fórum – 2025
Com a confirmação de indícios de materialidade e autoria do crime, o caso foi levado a júri popular. A luta da família de Antonieli por justiça destaca a importância desse caso na conscientização sobre o feminicídio e a busca por justiça.
