
A Polícia Civil, por intermédio do Grupo de Repressão a Estelionatos e outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais – GREF/DEIC, deflagrou na terça-feira (19), a “Operação Desfragmentação”, no intuito de cumprir 13 mandados de prisão e 12 mandados de busca e apreensão, em desfavor de investigados pela prática dos crimes de estelionato e associação criminosa.
Foram cumpridos 09 mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão nesta capital, com a finalidade de desarticular dois grupos criminosos voltados para a prática do crime de estelionato “eletrônico” conhecido por “golpe do novo número”.
Um mandado de prisão foi cumprido em Ji-Paraná (RO), por agentes da Delegacia Especializada na Repressão a Extorsão, Roubos e Furtos (DERF).
As medidas referem-se a dois casos distintos, ambos iniciados após a prisão em flagrante de um dos suspeitos de integrar o grupo.
No primeiro caso, um indivíduo foi preso em flagrante em maio deste ano, após enganar duas vítimas residentes no Amazonas. As investigações evoluíram e os policiais civis identificaram outras vítimas, bem como outros indivíduos suspeitos de fazerem parte de uma verdadeira associação criminosa voltada para a prática de estelionatos.
No segundo caso, um jovem foi preso em flagrante em julho também deste ano, após receber em sua conta bancária uma transferência, sob a alegação ser o filho de uma senhora residente em Porto Velho.
Com o avanço das investigações, outras pessoas foram identificadas e surgiram indícios de se tratarem de duas associações criminosas distintas, sendo os indivíduos presos em flagrante, os responsáveis por fornecerem contas bancárias e cooptarem outros integrantes para a consecução das infrações penais, respectivamente.
Em entrevista, o delegado Paulo Ludovico revela que muitas das vítimas eram pessoas idosas, uma delas chegou a perder R$ 120 mil e outra R$ 30 mil.

“No golpe, os suspeitos se passam por parentes ou amigos para pedir transferências bancárias. Hoje foram presos suspeitos de serem outros integrantes dos grupos também responsáveis por fornecerem as contas e um suspeito de ser justamente o integrante de uma das associações criminosas responsável por entrar em contato com as vítimas, se passar pelo familiar e solicitar a realização da transferência para a conta de outros comparsas”, disse.
Além das medidas cautelares de prisão preventiva, prisão temporária e busca e apreensão, a Justiça já havia determinado o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de valores dos investigados, numerário que será utilizado para o ressarcimento das vítimas.
50 policiais civis participaram da Operação, que contou com o apoio operacional da Gerência de Operações de Inteligência da Polícia Civil – GOI/PC, DRACO, DERCR, DECAR, DIH, DECON, GARRA/DEIC, GAB/DEIC e da Polícia Civil de Rondônia e da Bahia.
As informações são do Correio Central e Jornal Anhanguera