Em Cacoal (RO), município da Zona da Mata, um embate político que divide câmara de vereadores, setor de saúde pública e privada, além do executivo municipal, poderá prejudicar pessoas que já sofrem muito, para manutenção de suas vidas, os pacientes de hemodiálise.
São mais de 150, conforme levantamento feito pelo Jornal O Minuto Notícia. Essas pessoas eram atendidas por uma clínica especializada, que teria deixado de prestar o atendimento.
Recentemente, um médico e diretor de uma clínica privada de urologia, teria denunciado que mortes de pacientes que fazem hemodiálise em Cacoal, seria por causa de contaminação da água usada como um dos principais agentes, no tratamento dos pacientes, que passam até 5 horas ligados a máquina responsável pela filtragem do sangue.
Como sempre, sanguíneo, o prefeito Adailton Fúria foi para as redes sociais e a imprensa de modo geral, a fim de justificar e/ou esclarecer os fatos e com declarações fortes, disse que: “o médico quer é retomar as atividades do Centro de Hemodiálise, mas com outra empresa, até porque a atual empresa dele, veio constituindo dívidas ao longo de anos, como energia, insumos, servidores, mesmo tendo todos os pagamentos recebidos em dia”, disparou Fúria.
O que se sabe até aqui, é de que uma pessoa que sofre com problemas renais, não pode suspender o tratamento e se faz hemodiálise, corre sérios riscos se descumprir o cronograma de filtragem do sangue que circula no seu corpo.
Fúria ainda justificou na imprensa que: “a intervenção do município só se deu, porque ele mesmo oficializou a prefeitura que iria parar o serviço. Aí, nós onde iriamos colocar 150 pacientes para serem atendidos, se nenhuma outra clínica estava em condições de atender esses pacientes? ”, questionou no veículo de comunicação.
É uma pena a quantidade de desentendimentos que vem ocorrendo entre os poderes democraticamente constituídos em Cacoal, uma cidade próspera, bonita e que tem tudo para continuar sendo um dos melhores lugares para investimentos na Região Norte.
Nelson Salim Salles
