Neste fim de semana, 21 venezuelanos entre adultos e crianças, foram enviados, segundo depoimento deles, pela prefeitura de Ji-Paraná (RO), para o município de Cacoal (RO).
As famílias, com dez crianças, teriam sido localizadas por um agente da Guarda Patrimonial, no Terminal Rodoviário do município, durante uma ronda.
Edimar Kapiche, que além de servidor público da Guarda Patrimonial, também é vereador, comunicou o fato a Secretaria Municipal de Assistência Social e Trabalho de Cacoal (Semast), que optou por acolher todos, devido as crianças estarem com fome, sem banho, desnutridas.
Muito assustados, os venezuelanos contaram um pouco da sua história através de Geovane Tolbar, que viaja com a esposa e três filhos.
Ele contou que saíram em dezembro de 2022, fugindo da fome e da miséria no seu país, que é governado por Nicolás Maduro. “A comida é muito cara. Estávamos todos passando fome”, pontuou.
Geovane, a esposa e seus três filhos, juntamente com primos irmãos tios, sobrinhos, são naturais de Barrancas del Orinoco, do estado de Monagas. São na sua essência, agricultores.
O povo é conhecido como agricultor devido morar nas proximidades dos rios e trabalharem com agricultura, viajem em canoas, e a produção artesanato.
Geovane falou em nome dos seus familiares e disse que está muito complicado viver na Venezuela atualmente, por causa do regime imposto pelo atual governo e também por causa da economia, onde a inflação.
Segundo os dados do OVF, a taxa de inflação interanual da Venezuela (acumulada em 12 meses) atingiu um nível alarmante de 439% em julho, superando os 429% registrados no mês anterior. Ainda não há divulgação do mês de setembro de 2023.
A Semast está prestando todo atendimento às famílias, mas após a recuperação, eles serão enviados para o Rio Grande do Sul, onde possuem parentes, que estão aguardando.
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