Rondônia, 18 de maio de 2024
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“Amigos” fretam jatinho para trazer até Rondônia o corpo de criminoso morto em confronto com a polícia em Minas Gerais

Gerônimo já havia matado dono de pet shop em Porto Velho. O valor para levar um corpo da capital mineira até Porto Velho fica entre R$ 55 e R$ 80 mil, dependendo da urgência, do modelo da aeronave e outros detalhes do serviço.

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Fonte: Itatiaia

Morto durante troca de tiros com a polícia em Varginha, no Sul de Minas, o corpo de Gerônimo da Silva Sousa Filho, 28 anos, foi levado de Belo Horizonte para Porto Velho, em Rondônia, em um jato fretado com o custo bancado por pessoas ligadas ao criminoso. A informação foi apurada pelo repórter Renato Rios Neto, da Rádio Itatiaia, com fontes das forças de segurança de Minas Gerais.

A reportagem da emissora consultou uma empresa que faz traslado aéreo. O valor para levar um corpo da capital mineira até Porto Velho fica entre R$ 55 e R$ 80 mil, dependendo da urgência, do modelo da aeronave e outros detalhes do serviço.

O corpo de Gerônimo foi levado para Porto Velho em um jatinho Learjet ontem. Após a liberação da funerária Dom Bosco, o corpo foi levado para o Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte.

Gerônimo é um dos 26 suspeitos de integrar uma quadrilha do “novo cangaço”, mortos durante uma operação conjunta da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Militar (PM) realizada no último domingo (31) em dois sítios localizados na zona rural de Varginha (MG). Conforme a polícia, o grupo se preparava para atacar o centro de distribuição do Banco do Brasil da cidade.

Várias armas apreendidas pelas autoridades, durante ação, em Minas Gerais.

PCC
Fontes da Itatiaia apontam que Gerônimo era integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC). Em março deste ano, ele matou o empresário Henrique Fernando Barbosa Silva, dono de um pet shop em Porto Velho, por não concordar com o valor cobrado pelo estabelecimento.

A Polícia Civil de Rondônia chegou perto de prendê-lo pelo crime em setembro deste ano, mas ele fugiu após uma intensa troca de tiros em Porto Velho.

IDENTIFICADOS 

Além de Gerônimo, a Polícia Civil de Minas Gerais identificou outros criminosos mortos em Varginha.  Veja os nomes:

Artur Fernando Ferreira Rodrigues, 27 anos, Uberaba (MG)
Dirceu Martins Netto, 24 anos, Rio Verde (GO)
Gilberto de Jesus Dias, 29 anos, Uberlândia (MG)
Gleisson Fernando da Silva Morais, 36 anos, Uberaba (MG)
Itallo Dias Alves, 25 anos, Uberaba (MG)
José Filho de Jesus Silva Nepomuceno, 37 anos, Caxias (MA)
Nunis Azevedo Nascimento, 33 anos, Novo Aripuanã (AM)
Raphael Gonzaga Silva, 27 anos, Uberlândia (MG)
Thalles Augusto Silva, 32 anos, Uberaba (MG)

‘NOVO CANGAÇO’
Especialistas em assaltos a bancos e criminosos fortemente armados. O “novo cangaço” é uma expressão antiga, que surgiu há mais de 30 anos, e é usada para definir quadrilhas deste tipo.

Em Minas Gerais, os crimes são praticados em cidades do interior do Estado, aterrorizando a população e, principalmente, trabalhadores de agências bancárias que, muitas vezes, são feitos reféns e têm familiares ameaçados.

O “novo cangaço” ganhou notoriedade com o aumento da repercussão deste tipo de crime, que também pode ser praticado em lojas de luxo. Os criminosos não chegam às cidades despreparados. As gangues surgem com armamento pesado e equipe treinada para a prática do crime.

Algumas quadrilhas são do próprio estado, outras realizam até rotas para assaltos e passam por diversos municípios.



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