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Arjore emite Nota de Repúdio e denuncia tentativa de censura contra jornalista em Machadinho

Entidade denuncia ameaças, coação e intimidações praticadas por secretários municipais, reforçando que liberdade de imprensa é garantia constitucional

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Arjore emite Nota de Repúdio e denuncia tentativa de censura contra jornalista em Machadinho

A Associação Rondoniense de Jornalistas Digitais (Arjore) tornou pública, nesta quinta-feira, 27 de novembro, uma contundente Nota de Repúdio após denúncias encaminhadas pelo jornalista responsável pelo portal Machadinho News.

O comunicador afirma ter sido alvo de ameaças diretas, coação, intimidação reiterada e pressões para retirada de matérias, supostamente praticadas por secretários municipais da atual administração de Machadinho do Oeste (RO).

Segundo documento protocolado no Ministério Público de Rondônia (MP-RO), o episódio mais recente ocorreu dentro do supermercado onde o jornalista trabalha. No local, o secretário municipal de Meio Ambiente teria exigido a retirada de uma matéria e proferido frase intimidadora: “apaga aquela m*rda lá, senão você vai ver.”

A Arjore classificou a conduta como um mecanismo claro e inaceitável de “cala a boca” aplicado contra um profissional no pleno exercício do dever constitucional de informar.

As denúncias não se limitam a um único episódio. Há cerca de seis meses, o secretário municipal de Obras teria ido ao local de trabalho do jornalista para deixar o recado: “fala pro seu cunhado tomar cuidado com o que ele escreve naquele site.”

Além disso, publicações jornalísticas que tratavam de problemas urbanos e denúncias ambientais recebiam reações de “risada” do secretário de Meio Ambiente — comportamento considerado pela entidade como desrespeitoso e incompatível com um agente público, agravado por nova frase intimidatória: “sua irmã vai continuar perdendo cliente.”

A Arjore afirma que o conjunto das ações configura intimidação indireta e abuso de autoridade.

O presidente da associação, Almi Coelho, repudiou veementemente os ataques e classificou a situação como gravíssima: “isso é um verdadeiro ‘cala boca’. E nós não aceitamos.”

Na nota oficial, a Arjore reforça que a liberdade de imprensa é garantia constitucional, não um favor concedido por autoridades. A entidade também cobra atuação firme da Justiça e dos órgãos de controle, solicitando:

  1. Apuração rigorosa dos fatos pelo Ministério Público;
  2. Proteção ao jornalista por parte da Polícia Civil;
  3. Manifestação oficial da Câmara Municipal;
  4. Ação do Poder Judiciário para impedir que profissionais sejam silenciados por intimidação política.

A associação declarou que acompanhará o caso até o desfecho, alertando para a crescente hostilidade contra comunicadores em pequenos municípios. O jornalista, por sua vez, reafirmou que segue trabalhando “sem medo e sem recuar diante de ameaças”.

Para a Arjore, Machadinho do Oeste e Rondônia precisam preservar a democracia, o respeito institucional e a segurança dos que dedicam sua atuação à informação pública.

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