A cidade de Cacoal está em alerta máximo devido a um aumento significativo e preocupante no número de casos confirmados de Dengue e Chikungunya. Os dados recentes, divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), revelam uma escalada nas infecções, mesmo em pleno período de estiagem, tradicionalmente associado a uma menor proliferação do mosquito Aedes aegypti.
A situação atual demonstra um cenário consideravelmente pior do que o registrado no ano passado, sugerindo que o mosquito vetor tem encontrado meios para se reproduzir e espalhar as doenças na comunidade.
Um relatório da Semusa detalha a gravidade da situação da Dengue. No período de seca, compreendido entre junho e outubro de 2024, o município havia registrado apenas 8 casos confirmados da doença.
No mesmo período deste ano de 2025, a situação se agravou drasticamente: o número de casos confirmados saltou para 36, o que representa um aumento de 350% e acende um sinal vermelho para a saúde pública local.
A Chikungunya também emerge como uma preocupação crescente. No mesmo recorte temporal (junho a outubro), enquanto nenhum caso da doença havia sido registrado em 2024, Cacoal já contabiliza 11 casos confirmados em 2025.
A preocupação das autoridades de saúde vai além dos números atuais. Ivani Gromann, Coordenadora de Imunização de Cacoal, expressou o receio dos profissionais de saúde com a possível chegada do soro tipo 3 da Dengue.
Segundo Gromann, este tipo de Dengue é historicamente associado a formas mais graves da doença e a cidade já enfrentou uma epidemia causada por ele no passado. A circulação de um sorotipo mais agressivo, somada ao alto número de casos neste período, pode levar a um cenário de grande risco.
A Coordenadora de Imunização reforça que, embora os tratamentos para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti sejam semelhantes, é fundamental que a população procure as unidades de saúde.
"É crucial que as pessoas que sintam os sintomas vão até os postos de saúde para realizar os exames", afirma Ivani Gromann. "Com os resultados, o município pode tomar ações estratégicas para prevenir a proliferação da doença, como, por exemplo, o uso do fumacê em volta da área onde a pessoa contaminada vive," explica, destacando que a notificação é a chave para a ação preventiva e de controle do mosquito na comunidade.
A população é urgentemente convocada a redobrar os cuidados na eliminação de focos de água parada, mesmo em tempos de pouca chuva, para evitar que o cenário epidemiológico se complique ainda mais com a aproximação do período chuvosos. Ver esta publicação no Instagram Uma publicação partilhada por O Minuto Notícia - Informação é Poder! (@ominutonoticia) Da Redação O Minuto Notícia – Informação é Poder!
