Rondônia, 29 de abril de 2024
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Carros de luxo, caminhões e R$ 175 mil são apreendidos em operação contra desmatamento em terras indígenas

Um grupo criminoso com empresários, caminhoneiros e madeireiros foi alvo da operação Enganos. Investigações apontaram a participação de cerca de 30 pessoas na organização.

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Operação Enganos foi deflagrada para combater grupo criminoso que extrai madeira, em RO — Foto: PF/Reprodução

Oito caminhões madeireiros, veículos de luxo, armas e R$ 175 mil foram apreendidos durante a Operação Enganos, realizada pela Polícia Federal, com o objetivo de combater o desmatamento em terras indígenas. O levantamento das apreensões foi informado pela PF na tarde desta segunda-feira (12). Acesse a reportagem AQUI

Um grupo criminoso, considerado de forte atuação no comércio ilegal de madeira, foi alvo da operação. Segundo a polícia, a quadrilha é composta por empresários, caminhoneiros, madeireiros, olheiros e indígenas que davam autorização para suspeitos entrarem na área de reserva.

“O grupo retira madeiras de dentro de terras indígenas, em especial a Terra Indígena Roosevelt e o Parque Aripuanã. Foram lavrados diversos flagrantes e localizadas diversas armas de fogo de forma ilegal com os investigados. Além disso diversos veículos, inclusive caminhões e maquinário pesado, foram apreendidos apontados como instrumentos de crimes ambientais”, disse o delegado Filipe Rodrigues.

Foram expedidos 34 mandados de busca e apreensão, 245 medidas cautelares e 28 investigados serão monitorados por tornozeleira eletrônica.

Investigações

Segundo a PF, foi identificada a atuação de diversos caminhoneiros especializados em retirar madeiras de terras indígenas, e ainda usarem sofisticado sistema de comunicação, para escapar de possíveis fiscalizações, como rádio.

Cerca de 30 pessoas foram identificadas como integrantes da organização. Nesta segunda-feira são cumpridos 34 mandados de busca e apreensão em imóveis localizados em Espigão D’Oeste (RO) e Cacoal (RO).

A investigação conduzida pela PF aponta que o grupo atuava para derrubar e retirar, de forma clandestina, árvores de lei que estão localizadas dentro do Parque Aripuanã e na Reserva Roosevelt, em Espigão.

O grupo ainda tinha olheiros para ajudar nas ações criminosas. Essas pessoas eram responsáveis por avisar sobre possíveis operações ambientais da polícia na região de Espigão D’Oeste.

A operação desta segunda-feira foi decorrente de uma ação no Parque Aripuanã que terminou na destruição de uma ponte usada por criminosos para extrair madeira.

Investigações feitas pela delegacia da PF em Vilhena (RO) apontam que a ponte era usada por caminhões de grande porte durante a retirada de madeira ilegal da área de reserva.

O Parque Aripuanã fica localizado na região do sul de Rondônia e parte do estado de Mato Grosso.

Por Fábio Diniz, Rede Amazônica



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