
Natalino do Nascimento Santiago, de 50 anos, preso este mês por matar a esposa Auriscléia Lima do Nascimento em Capixaba, cidade com pouco mais de 10 mil habitantes no interior do Acre, já havia sido condenado por um crime semelhante há quase 25 anos.
Em 2000, ele estuprou e matou Silene de Oliveira Marcílio com 16 facadas na zona rural de Senador Guiomard, também no Acre. Condenado a 27 anos de prisão, cumpriu apenas seis em regime fechado e foi beneficiado com progressão por bom comportamento.
Segundo uma sobrinha de Silene, que não quis ser identificada, Natalino era próximo da família e invadiu a casa da vítima quando ela estava sozinha com os dois filhos pequenos.
Após cometer o crime, ele fugiu, mas foi denunciado por familiares e preso com roupas sujas de sangue. “Só nas costas foram 16 facadas. As crianças se esconderam atrás de uma moita de mato. Ali mesmo ele a estuprou e fez atrocidades “, afirmou a sobrinha.

Após sair da prisão, o homem que se apresentava como pastor evangélico, voltou a ser investigado por outro homicídio em 2011 e passou a ser considerado foragido ao violar regras da liberdade condicional.
Segundo testemunhas, Auriscléia e Natalino haviam se separado recentemente, e ele não aceitava o fim do relacionamento, tentando várias vezes reatar com a vítima.
Pela manhã, Auriscléia e os filhos do casal teriam chegado à residência onde Natalino estava para tentar um acordo, o que desencadeou uma discussão porque ele queria ficar com um dos filhos.
Ao receber a negativa da ex-esposa, que afirmou que ele não ficaria com nenhum dos filhos, o “pastor” se irritou, entrou na casa, pegou um terçado e desferiu vários golpes contra Auriscléia, atingindo a região da nuca e os braços. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no quintal da residência.
Em junho de 2025, Natalino foi novamente preso após matar a esposa, com golpes de facão. Ele ficou escondido por quatro dias em uma área de mata e foi capturado pela Polícia Civil do Estado do Acre.
As informações são do G1/AC