Rondônia, 25 de novembro de 2024
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CPMI do 8 de janeiro citou compras da Abin e da PRF de espião criado em Israel

Os contratos com a Abin — investigados pela Polícia Federal na Operação Última Milha, deflagrada nesta sexta-feira, 20 de outubro.

Autor:
Ricardo Brandt 21/10/2023 às 06:00

Os negócios da empresa israelense Cognyte e sua filial no Brasil, que vendeu o software “espião” para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foram alvos da CPMI do 8 de Janeiro. Os contratos com a Abin — investigados pela Polícia Federal na Operação Última Milha, deflagrada neste fim de semana.

A Cognyte do Brasil foi citada no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquerito do Congressou, aprovado nesta 4ª feira (18.out). São mencionados os contratos com a PRF na gestão do ex-superintendente Silvinei Vasques, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e com a Abin. As apurações não avançaram.

A frente de investigação foi pedida em junho, com base em notícias divulgadas pela imprensa no início do ano, de que a Cognyte – representante da empresa sediada em Israel, a Cognyte SA (antiga Verity Web Intelligence, que fornece sistemas e produtos para defesa e segurança). No Brasil, um dos representantes da empresa é Caio Cesar dos Santos Cruz, alvo da PF. Ele é filho do general Santos Cruz, que foi ministro do governo Bolsonaro.

Os negócios da empresa israelense Cognyte e sua filial no Brasil, que vendeu o software “espião” para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foram alvos da CPMI do 8 de Janeiro. Os contratos com a Abin — investigados pela Polícia Federal na Operação Última Milha, deflagrada nesta 6ª feira (20.out), e com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

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A Cognyte do Brasil foi citada no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquerito do Congressou, aprovado nesta 4ª feira (18.out). São mencionados os contratos com a PRF na gestão do ex-superintendente Silvinei Vasques, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e com a Abin. As apurações não avançaram.

A frente de investigação foi pedida em junho, com base em notícias divulgadas pela imprensa no início do ano, de que a Cognyte – representante da empresa sediada em Israel, a Cognyte SA (antiga Verity Web Intelligence, que fornece sistemas e produtos para defesa e segurança). No Brasil, um dos representantes da empresa é Caio Cesar dos Santos Cruz, alvo da PF. Ele é filho do general Santos Cruz, que foi ministro do governo Bolsonaro.

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Trecho do relatório final da CPMI do 8 de Janeiro | Reprodução

O relatório da CPMI registra que a “Cognyte é uma empresa israelense, mundialmente conhecida no ramo da inteligência, que desenvolve sofisticados sistemas e ferramentas de monitoramento e espionagem”.

“Vale ressaltar que a Abin também adquiriu um software da empresa Cognyte (chamado de First Mile), com o objetivo de monitorar o deslocamento e a localização de pessoas (possíveis alvos) por meio de seus aparelhos celulares”, informa. “Contratação a qual também está sob investigação, por suposto desvio de finalidade.”

O documento lembra que a Cognyte Technologies – com sede em Israel -, antiga Verint Systems, foi denunciada nos Estados Unidos pela Meta (donta do Facebook) por “atividades ilegais, como uso de perfis falsos para hackear dispositivos de usuários de rede”.

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Trecho do relatório final da CPMI do 8/12 | Reprodução

A ação da PF nesta 6ª feira cumpriu 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva nos estados de Goiás, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ainda o afastamento de cinco servidores da Abin.

+ PF investiga ações ilegais de espiões da Abin

A Operação Última Milha mira um esquema de espionagem e monitoramento de servidores do STF, advogados, jornalistas, policiais e até mesmo ministros da Corte, por meio do programa First Mile, durante o governo Bolsonaro. O contrato da Cognyte com a Abin é anterior ao governo, foi assinado no final de 2018 pelo ex-presidente Michel Temer (MDB).

Na CPMI, o aliado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, o deputado Duarte (PSB-MA), pediu em junho a quebra dos sigilos da Cognyte para se apurar contrato com a PRF. O contrato de R$ 5 milhões foi assinado em 2021. O pedido não foi votado.

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A CPMI também pediu informações ao Tribunal de Contas da União (TCU), que abriu um procedimento para apurar o contrato, mas não apresentou conclusões, conforme registra o relatório final da senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

“Por essa razão, esta CPMI não conseguiu concluir os seus trabalhos acerca do eventual desvio de finalidade da contratação da Cognyte pela PRF”, informa o relatório final da CPMI do 8 de Janeiro.

O documento final da CPMI do 8 de Janeiro tem 3.333 páginas. A relatora pediu o indiciamento de Bolsonaro, de Vasques e outras 59 pessoas, muitos deles militares de alta patente. O relatório final será entregue na 3ª feira (24.out) para a Procuradoria Geral da República (PGR).

 

Sbt News 



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