Na última quarta-feira, dia 02 de abril, foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data foi celebrada em Cacoal com um grandioso evento em frente à Praça Municipal.
O evento foi promovido pelo o Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado em Autismo. O objetivo é conscientizar a população sobre o autismo, envolver a comunidade, trazer visibilidade e buscar uma sociedade mais consciente, menos preconceituosa e mais inclusiva.
A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007. Em Cacoal, essa é a terceira edição do evento. “É uma data para sensibilizar a sociedade, desmistificar preconceitos e garantir que pessoas autistas tenham seus direitos assegurados. As pessoas com autismo enfrentam diversos desafios, muitos dos quais estão relacionados à falta de conhecimento e compreensão sobre o transtorno por parte da sociedade, por isso precisamos falar sobre o assunto para que mais pessoas conheçam sobre o Transtorno do Espectro Autista e assim diminuir o preconceito”, afirma o diretor do Centro Especializado, Valdemir Lucas de Souza.
O prefeito Adailton Furia fez questão de destacar a importância do Centro no atendimento as crianças e anunciou que em breve pretende ampliar ainda mais esse atendimento. “Quando criamos o Centro do Autismo em Cacoal, tínhamos a expectativa de atender cerca de 50 crianças e adolescentes. Hoje, temos mais de 200 alunos com atendimento especializado e nosso objetivo agora é ampliar esse atendimento na parte clínica. Precisamos melhorar a parte do diagnóstico precoce e esse é nosso objetivo”, destaca.
Joelmira é mãe de Caique, de 11 anos, e de Isabela, de 4 anos, ambos com autismo, e fala das desafios enfrentados. “O Caique possui o diagnóstico fechado desde os 7 anos, mas desde os 2 anos já passávamos de médico em médico para tentar descobrir o que ele tinha. Ele não tem problema na fala, mas tinha dificuldade em socializar e seletividade alimentar. Já a minha princesa, nasceu justamente no dia 02 de abril, ainda não temos o diagnóstico fechado, mas é uma luta diária e solitária, que só nós sabemos. Ainda é preciso mudar muita coisa e o mais importante, queremos ser lembrados o ano todo”, conclui Joelmira Batista.
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