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As donas da funerária Sunset Mesa, em Montrose, no estado americano do Colorado, foram condenadas, na terça-feira (3), por operarem um esquema de venda ilegal de partes de cadáveres.
Megan Hess, de 46 anos, foi condenada a 20 anos de prisão e sua mãe, Shirley Koch, de 69 anos, a 15 anos. Segundo as autoridades americanas, a dupla roubou e negociou centenas de pernas, braços, cabeças e até corpos inteiros de 2010 até 2018.
“A conduta das rés foi horrível e mórbida e motivada pela ganância. Elas se aproveitaram que as inúmeras vítimas estavam vulneráveis devido à recente perda de um ente querido”, disse o procurador Cole Finegan em comunicado.
Em alguns casos os familiares foram procurados por Hess e Koch para que fosse autorizada a retirada de alguma parte do corpo, como tecidos e tumores, para o uso em pesquisas e estudos. Mesmo nesses casos, elas retiravam mais do que havia sido permitido.
“Esperamos que essas sentenças de prisão tragam um pouco de paz aos familiares das vítimas à medida que avançam no processo de luto”, afirmou o procurador. Até mesmo corpos e partes de corpos de pessoas que morreram de doenças infecciosas, como hepatite e HIV, foram negociados com uma suposta garantia de que os restos mortais estavam livres de doenças.
As investigações mostraram que as partes roubadas dos cadáveres foram enviadas aos compradores pelo correio e até mesmo em voos comerciais pelos Estados Unidos.
Uma reportagem do canal americano Dever7 revelou, em 2019, que as duas mulheres cobravam 500 dólares, cerca de R$ 2.725, por uma cabeça e 1.200 dólares, cerca de R$ 6.500, por um tronco, e que o esquema chegava a movimentar 40 mil dólares por mês, mais de R$ 200 mil.
