Nesta semana, um áudio na rede social WhatsApp, que seria do vereador Valdomiro Corá (MDB), anunciou sua inelegibilidade e também que sua filha, a quem ele mesmo chamou de “Corázinha”, para concorrer no seu lugar, nas eleições municipais em Cacoal (RO).
Valdomiro Corá foi eleito pela primeira vez em 1992, concorreu novamente em 2008, sendo reeleito. Manteve-se no cargo em 2012 e 2016. Em 2020, foi eleito para o 5º mandato em Cacoal. Ele é o único parlamentar a conseguir se eleger cinco vezes no município.
Empresário do ramo de transporte coletivo, Valdomiro Corá tem 63 anos. É pioneiro em Cacoal. Chegou com familiares para morar na Capital do Café quando tinha em torno ou um pouco mais de 20 anos.
Político ‘astuto’, ou seja, sabe manobrar entremeio as circunstâncias e aproveitar oportunidades. Sempre esteve nos holofotes, enquanto exerceu mandatos.
Atualmente o atual presidente da Câmara de Vereadores de Cacoal, Valdomiro Corá está condenado criminalmente por decisão proferida por Colegiado do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ/RO), como incurso nas sanções do artigo 333, à pena de 2 anos e 11 meses de reclusão e 14 dias multa.
Tentando uma defesa, Corá argumentou que a decisão não era definitiva e que o processo ainda estava em fase de recurso, mas a Justiça Eleitoral destacou que a inelegibilidade não depende do trânsito em julgado da condenação, mas sim da condenação por órgão colegiado, que já havia ocorrido.
A decisão, baseada em uma ação do Ministério Público Eleitoral, se fundamenta na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 64/90), que impede a candidatura de políticos condenados por órgãos colegiados por crimes contra a administração pública.
Nesta semana, um áudio que seria do vereador, anuncia a falta de tempo para recorrer no Supremo Tribunal Federal (STF), onde o parlamentar condenado diz ser “vitorioso sempre”, busca tranquilizar a população e ainda anuncia a sua filha, a quem chamou de “Corázinha”.
O áudio tem em torno de 1:17 – um minuto e dezessete segundos – mostra a tentativa do parlamentar de vincular o seu mandato a filha. Ele ainda afirma que vai assessorá-la, mostrando claramente que estará presente em todos os momentos do exercício do mandato, se ela for eleita.
“Agora é com a Corázinha. Corázinha minha filha vem com o mesmo número (…), e vamos ajudar o grupo do MDB de Cacoal né…; nós entendemos que lá atrás teve esse processo, entramos com defesa, mas não conseguimos ganhar em Porto Velho. Agora estamos recorrendo no supremo né… eu sempre fui vitorioso no supremo, mas agora não dá mais tempo”, segue o áudio informando sobre sua situação de inelegebiliade.
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