Rondônia, 14 de outubro de 2024
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Em carta, Pfizer pediu respostas ao governo: “Tempo é essencial”

Documento sobre aquisição de vacina contra covid-19 foi enviado ao presidente Jair Bolsonaro em 12 de setembro de 2020.

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Na imagem, presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
JOÉDSON ALVES/EFE – 11.05.2021

Em carta enviada em 12 de setembro de 2020 ao presidente Jair Bolsonaro, o presidente da farmacêutica Pfizer, Albert Bourla, pediu respostas ao governo federal sobre a aquisição de vacina contra a coivd-19: “tempo é essencial”.

Bourla informou que fez contato com representantes dos Ministérios da Saúde e da Economia, além da Embaixada do Brasil nos Estados Unidos, mas que não houve retorno.

“Apresentamos uma proposta ao Ministério da Saúde do Brasil para fornecer nossa potencial vacina que poderia proteger milhões de brasileiros, mas até o momento não recebemos uma resposta. Sabendo que o tempo é essencial, minha equipe está interessada em acelerar as discussões sobre uma possível aquisição e pronta para se reunir com Vossa Excelência ou representantes do governo brasileiro o mais rapidamente possível”, afirma.

Wajngarten diz não ter documentos contra Pazuello em mãos
“Quero fazer todos os esforços possíveis para garantir que doses de nossa futura vacina sejam reservadas para a população brasileira, porém celeridade é crucial devido à alta demanda de outros países e ao número limitado de doses em 2020”, acrescentou.

A carta foi enviada também para o vice-presidente Hamilton Mourão, embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Foster, e os ministros Braga Netto (Casa Civil), Eduardo Pazuello (Saúde) e Paulo Guedes (Economia). De acordo com o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fábio Wajngarten, o documento passou dois meses sem resposta.

No documento, Bourla informa que fez contato com representantes dos Ministérios da Saúde e da Economia, além da Embaixada do Brasil nos Estados Unidos.

Albert Bourla
O presidente da Pfizer é filho de sobreviventes do Holocausto da Segunda Guerra Mundial. Bourla nasceu em Tessalônica, na Grécia, um dos locais em que os nazistas se instalaram em maior número.

Doutor em biotecnologia da reprodução na Escola de Veterinária da Universidade Aristóteles de Tessalônica, saiu da Grécia aos 34 anos com sua esposa e viveu em sete cidades diferentes atuando na área.

Chegou à Pfizer em 1993, para trabalhar como diretor técnico da divisão de saúde animal da empresa na Grécia. Foi passando por várias divisões até se tornar CEO da empresa.

 

Plínio Aguiar, do R7



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