O cacau registrou a terceira alta consecutiva na bolsa de Nova York. Os contratos futuros para março do ano que vem subiram 5,76% nesta quarta-feira (10/12), negociados a US$ 6.221 a tonelada, maior valor em um mês.
Segundo Ale Delara, diretor da Pine Agronegócios, o cacau avançou expressivamente após rumores de que a amêndoa fará parte do índice de commodities da Bloomberg.
“Diante desse boato, quem opera nesse mercado terá que elevar a compra de papéis futuros. Estima-se que serão 30 mil novos contratos negociados dentro do índice”, explica o especialista.
Apesar do fechamento de hoje, o impulso nos preços do cacau, lembra Delara, não tem força para se sustentar no curto prazo, devido ao equilíbrio maior entre oferta e demanda pela commodity observado neste ano.
“A oferta está maior em relação ao ano passado, e a demanda por cacau sofreu bastante desde que os preços atingiram recorde na bolsa. Não fosse essa questão em torno do cacau no índice da Bloomberg, o preço não estaria num patamar tão alto”, observa o analista.
Suco de laranja
Os preços do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) caíram mesmo com dados negativos para a safra da fruta no Brasil, maior exportador mundial do produto. Os papéis para janeiro fecharam em baixa de 3,09%, a US$ 1,4875 a libra-peso.
O Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) disse hoje que a produção de laranjas no cinturão citrícola de São Paulo e Minas Gerais na safra 2025/26 deve alcançar 294,81 milhões de caixas de 40,8 quilos. O volume representa uma redução de 3,9% em relação à estimativa divulgada em setembro. Porém, quando comparado com a colheita do ciclo anterior, a projeção indica aumento de 27,7%.
Açúcar
Nos negócios do açúcar, os lotes do demerara para março de 2026 subiram 1,64%, cotados a 14,91 centavos de dólar a libra-peso.
Café
O preço do café registrou a segunda alta consecutiva na bolsa de Nova York. Os contratos do arábica para março do ano que vem subiram 0,96%, a US$ 3,7230 a libra-peso.
Algodão
O algodão registrou leve alta na bolsa americana. Os papéis com vencimento em março fecharam em alta de 0,39%, cotados a 65,17 centavos de dólar a libra-peso.
Por Paulo Santos