A Polícia Federal realizou na tarde desta quinta-feira (15) buscas em endereços ligados ao senador Marcos do Val (Podemos-ES).
Policiais foram ao Senado e lá permaneciam até a última atualização desta reportagem.
No Senado, foi proibido o acesso de jornalistas ao corredor que dá acesso ao gabinete do senador. A presença da PF alterou a rotina do Senado. Os mandados são cumpridos em Brasília e no Espírito Santo.
A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes também determinou que do Val deve prestar depoimento.
Foram apreendidos material como computadores e pen drives. O celular do senador também foi apreendido, e será levado para perícia. Ele é investigado por obstruir investigações sobre os atos golpistas do 8 de janeiro.
Indícios que basearam a operação são postagens do senador em redes sociais. Ao todo, são três mandados de busca e apreensão. A operação policial ocorre no dia do aniversário do senador, que completa 52 anos. Segundo a assessoria, ele está no Espírito Santo.
Em fevereiro deste ano, do Val acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira de organizarem uma reunião, no fim do ano, para propor o envolvimento do senador em um plano de golpe de Estado.
Marcos do Val é investigado por golpe de Estado, organização criminosa e outros três crimes
O Twitter bloqueou, na tarde desta quinta-feira (15), a conta do senador na rede social. A ordem partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A Polícia Federal cumpre ainda três mandados de busca e apreensão no gabinete e em endereços ligados ao parlamentar em Brasília e em Vitória.
A operação ocorre porque a corporação teria identificado tentativas de atrapalhar as apurações sobre os atos de 8 de janeiro. A PF chegou a pedir o afastamento dele do cargo de senador, mas Moraes negou o pedido. A assessoria de Marcos do Val disse que ele não vai se pronunciar.
Marcos do Val prestou depoimento na Polícia Federal em 2 de fevereiro, quando se mostrou arrependido por ter envolvido o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na história de um suposto plano de golpe de Estado em que iria gravar conversas com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).