Rondônia, 24 de abril de 2024
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Governo envia Força Nacional a Terra Indígena tomada por garimpo

Etnia Nambikwara, em Mato Grosso, sofre com a pressão de garimpeiros ilegais na Terra Indígena Sararé

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Polícia Federal deflagra Operação Alfeu para combater garimpo ilegal em terra indígena, em maio de 2020
POLÍCIA FEDERAL/DIVULGAÇÃO

O Ministério da Justiça decidiu pelo envio da Força Nacional a Terra Indígena Sararé, em Mato Grosso. O povo indígena Nambikwara vive em uma área de pouco mais de 67 mil hectares na região de Pontes e Lacerda, perto da fronteira entre o Brasil e a Bolívia, a 443 km de Cuiabá.

A autorização para o uso da força de segurança na região foi publicada nesta segunda-feira (6) no Diário Oficial da União.

Um dos problemas enfrentados pelos Nambikwara é a ameaça de garimpeiros, segundo a PF (Polícia Federal). Em outubro, agentes policiais realizaram a terceira fase da Operação Alfeu, de repressão contra o desmatamento na região.

Em setembro, a PF apreendeu seis escavadeiras em garimpos ilegais denominados “Babalu” e Cooper Pontes, equipamentos avaliados no valor total de R$ 3,5 milhões. Os garimpeiros foram flagrados por meio de imagens de satélites degradando a área indígena, mesmo após ações anteriores dos agentes de fiscalização.

Segundo o Ministério da Justiça, a Força Nacional deve atuar na terra indígena para a “preservação da ordem pública” e da “incolumidade das pessoas e do patrimônio”. As atividades estão autorizadas para começar nesta segunda-feira (6) e vão até o dia 26 de abril de 2022. No entanto, o ministério afirma que o prazo poderá ser prorrogado, caso seja necessário para manter a ordem pública.

A ação de garimpeiros é registrada no local desde a década de 90, quando a área indígenas foi invadida por aproximadamente oito mil garimpeiros em dez pontos de exploração ilegal de ouro.



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