A poucos meses do início efetivo das articulações eleitorais para 2026, o ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, encontra-se em uma encruzilhada política. Apesar de ter encerrado o mandato com altos índices de aprovação, Hildon não conseguiu converter popularidade em uma estrutura partidária sólida, o que o deixou isolado em meio às movimentações que moldam o cenário político de Rondônia.
O ex-prefeito foi o primeiro a anunciar pré-candidatura ao Governo do Estado, mas viu seu grupo político se fragmentar rapidamente. A saída dos irmãos Mariana e Maurício Carvalho, antigos aliados de confiança, ampliou o vácuo de apoio em torno de seu nome. Sem bases consistentes para a Assembleia Legislativa, Câmara Federal ou Senado, Hildon agora enfrenta o desafio de redefinir sua estratégia.
Em entrevista recente, Hildon reafirmou que não aceita ser vice de ninguém — uma posição interpretada por analistas como sinal de independência, mas que também reforça a percepção de isolamento político. Diante desse quadro, o ex-prefeito avalia se manterá o projeto de disputar o governo ou se buscará um novo espaço, como uma vaga na Câmara Federal.
Enquanto Hildon se reorganiza, seus principais adversários avançam. O deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) e o senador Marcos Rogério (PL) intensificam articulações com lideranças regionais e prefeitos, construindo alianças robustas. Máximo aposta no recall de sua gestão à frente da Saúde e no apoio de Ivo Cassol, enquanto Rogério consolida um discurso de direita coeso e estrategicamente articulado pelo interior. Já o senador Confúcio Moura (MDB) observa o cenário com cautela, mas é apontado como possível candidato ao Governo de Rondônia.
Sem grupo e sem palanque, Hildon Chaves precisa agir rapidamente para não se tornar espectador de uma corrida política que, há poucos anos, parecia feita sob medida para sua ascensão. Da Redação O Minuto Notícia – Informação é Poder!
