Uma crise emocional pode assustar bastante quem nunca ouviu falar sobre os seus sintomas e efeitos no corpo. Trata-se de um tipo de desgaste psicológico capaz de afetar qualquer pessoa que não consiga lidar de maneira saudável com o estresse e as tensões do dia a dia.

Todos os seres humanos têm limites e, quando eles são ultrapassados, o desequilíbrio emocional se instala e faz com que se perca o controle e uma crise ganhe forças. Por isso, é muito importante conhecer os seus próprios limites e ter consciência sobre as suas emoções.

Se quiser saber mais sobre o que caracteriza uma crise emocional e como preveni-la, continue a leitura deste artigo e tenha acesso a todas as informações sobre o assunto.

O que é uma crise emocional e por que ela acontece?

A crise emocional é caracterizada por um desgaste psicológico que pode ser decorrente de diversos fatores na vida de uma pessoa. Também conhecida como surto emocional, ela se instala quando o sofrimento psíquico é muito grande, ultrapassando a capacidade do indivíduo de lidar com a crise.

Todo mundo tem limites, ou seja, um máximo até onde consegue aguentar as questões que são estressantes psicologicamente. Quando esse limite é ultrapassado, ocorre a crise, que é resultado da incapacidade de eliminar as tensões do dia a dia de forma natural.

Uma pessoa equilibrada também acumula tensões, no entanto, consegue aliviá-las para que não cresçam a ponto de se tornarem um grande problema.

Quais são os sintomas de uma crise emocional?

Uma crise emocional pode se manifestar de várias formas, inclusive por meio de sintomas físicos. Psiquiatras explicam que a crise é um desajuste interno com o qual não conseguimos lidar da melhor forma e, quando se manifestam no corpo, é porque há a dificuldade de colocar para foras as tensões. Como consequência, elas acabam somatizando e utilizando o próprio organismo como uma válvula de escape.

Alguns dos sintomas físicos mais comuns são:

• refluxo;
• úlceras;
• gastrite;
• taquicardia;
• respiração ofegante;
• desmaio;
• náuseas;
• confusão mental.

No entanto, nem sempre ocorrem sintomas físicos. Em algumas pessoas, a crise pode desencadear explosões de raiva, por exemplo. Em outras, depressão, ansiedade, pânico, fobias, mudanças nos hábitos alimentares e na rotina do sono. Alguns também acabam evitando compromissos sociais e se isolando ou negligenciando tarefas rotineiras.

O que pode desencadear uma crise?

A crise emocional é um tipo de alerta para que a pessoa busque ajuda e entenda qual é a causa dos sintomas. O tratamento depende do diagnóstico correto.

Vários fatores podem ocasionar uma crise emocional, entre eles:

• conflitos em relacionamentos;
• perda de um ente querido;
• estresse e pressão em excesso no trabalho;
• situações de violência;
• problemas financeiros;
• perda de emprego;
• uso de substâncias tóxicas.

É importante ressaltar que a crise emocional não se trata de uma doença e sim de uma reação do corpo a uma situação de sofrimento psicológico intenso, que não é controlada de maneira adequada. Quando a crise se instala, portanto, significa que o corpo está sinalizando que pode haver problemas mais graves que precisam ser tratados ou que o indivíduo está passando por um período pontual de dificuldades.

Quais são os sinais de que uma crise se aproxima?

Os sinais podem mudar um pouco de uma pessoa para outra, mas, no geral, é importante ficar atento ao seguinte:

Ansiedade constante

É a dificuldade de se manter focado no momento presente. O indivíduo vive o tempo todo angustiado com o passado ou o futuro, ansiando pelo o que está por vir. Não conseguir lidar com a imprevisibilidade da vida e se sentir ansioso o tempo todo pode ser um sinal de que a crise está se aproximando.

Alterações de humor

As mudanças constantes de humor também são um sinal importante quando ocorrem sem motivos aparentes. Estamos falando sobre alterações bruscas, como de um estado de euforia para a depressão ou da tranquilidade para a raiva extrema.

Nesses casos, uma dica é ficar de olho nos gatilhos que desencadeiam as reações para tentar começar a entender o que está por trás dessas alterações.

Apatia e negligência com tarefas do dia a dia

O sofrimento psicológico também é capaz de mudar a maneira que a pessoa se relaciona com as suas tarefas e responsabilidades diárias. É comum que cresça uma apatia em relação àquilo que, antes, despertava interesse.

Insatisfação constante

A sensação constante de insatisfação mesmo quando tudo vai bem é um alerta importante também que sinaliza que algo não vai bem e questões internas precisam ser analisadas e trabalhadas.

Como evitar e tratar crises emocionais?

Em primeiro lugar, quando acontece uma crise emocional é necessário realizar exames para descartar qualquer problema de saúde físico.

Aprender a reconhecer uma crise e ser capaz de controlá-la é importante para lidar melhor com esse tipo de colapso. Em seguida, confira algumas dicas para evitar e tratar o quadro:

Psicoterapia

O caminho da prevenção e tratamento é o autoconhecimento, que pode ser aprofundado por meio da terapia. Ao se conhecer melhor, entender seus gatilhos e padrões de comportamento, você se sentirá muito mais preparado para lidar com a tensão e o estresse do dia a dia.

Além disso, a terapia é uma excelente ferramenta para desenvolver a inteligência emocional, que é uma habilidade necessária para aprender a reconhecer e controlar as próprias emoções.

Lembre-se de que a terapia não é recomendada apenas para quem enfrenta algum problema de saúde mental. Também é uma ótima aliada na prevenção de transtornos mais graves e ideal para cuidar da autoestima e aprender a lidar com conflitos internos.

Técnicas de respiração

A respiração tem um papel muito importante no controle de crises emocionais, pois um dos primeiro sintomas costuma ser a sua alteração. É normal ficar mais ofegante e com a respiração curta.

Por isso, inserir técnicas de respiração no seu dia a dia é uma ótima maneira de prevenir e tratar as crises. Um exemplo é a respiração lenta e profunda, que acontece da seguinte forma:

• na inspiração, encha a barriga e depois o peito;
• na expiração, solte a barriga e depois o peito;
• repita lentamente dez vezes e concentre-se na entrada e saída do ar.

Uma dica: deite-se de olhos fechados e coloque uma mão na barriga e outra no peito para notar os movimentos de subida e descida.