Rondônia, 25 de novembro de 2024
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Lula avalia reajustar faixa de isenção do IR para quem ganha até 2 salários mínimos

Hoje, quem recebe até R$ 1.903,98 está isento do Imposto de Renda. Promessa de campanha foi elevar faixa de isenção para R$ 5 mil

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O governo Lula avalia editar uma medida provisória (MP) elevando a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) da Pessoa Física ainda neste ano, antes de uma eventual reforma tributária. Ministros e técnicos do governo discutem elevar a faixa de isenção para o equivalente a dois salários mínimos.
O Palácio do Planalto trabalha para que isso seja anunciado no dia 1º de maio, no Dia do Trabalhador. Nessa mesma data, o governo pretende subir o salário mínimo para R$ 1.320. Dessa forma, a faixa de isenção seria de R$ 2.640.

Lula prometeu durante a campanha isentar de IR os trabalhadores que ganham até R$ 5.000 mensais. Essa promessa tem um custo elevado e técnicos do governo vinham defendendo que isso ocorra junto de uma reforma tributária.
O que Lula quer agora é antecipar parte dessa promessa. O governo detectou que esse tema tem sido alvo de muitas críticas nas últimas semanas.

1º de Maio

Ministros defendem que Lula faça um pacote de anúncios no Dia do Trabalhador, para emplacar uma agenda positiva e fazer um discurso em prol do crescimento econômico.
Hoje, quem recebe até R$ 1.903,98 está isento do Imposto de Renda. O governo discute dois modelos para reajustar a faixa de isenção.
Juridicamente, porém, o aumento da faixa de isenção do IR não tem necessidade de compensação e nem fere o teto de gastos, que trava as despesas federais. Quando a tabela é atualizada, geralmente, os diferentes governos usam esse modelo.

A outra possibilidade discutida pelo governo Lula é beneficiar apenas quem recebe até dois salários mínimos, sem mudar as demais faixas do Imposto de Renda. Com esse modelo, porém, o trabalhador só seria beneficiado na declaração de ajuste anual e por meio da restituição do IR, no próximo ano.
Anos sem atualização
A tabela do Imposto de Renda não teve nenhum reajuste desde 2015. Estão isentos, portanto, os rendimentos mensais menores que R$ 1.903,98. A faixa máxima atinge os salários acima de R$ 4.664,68.
O imposto não é cobrado sobre todo o salário – o que é descontado em INSS, por exemplo, não entra na conta.

Além disso, as alíquotas não são cobradas integralmente sobre os rendimentos. Quem ganha R$ 4 mil por mês, por exemplo (e se encaixa na faixa 4 acima), não paga 22,5% sobre toda a parte tributável do salário.

Pelas contas da Receita, os “primeiros” R$ 1.903,98 são isentos. O que passar desse valor, e não superar os R$ 2.826,65 (o limite da faixa 2) é tributado em 7,5%. O que superar limite da faixa 2, mas não o da faixa 3, paga 15%, e assim sucessivamente.

 

 

Por Manoel Ventura — Brasília

 

 



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