
Confusão, morte e muita revolta da população de Ouro Preto do Oeste (RO), após o assassinato do jovem João Vitor de 16 anos, atleta amador que estava cheio de sonhos, conforme a família.
Várias testemunhas ouvidas pela Polícia Civil, afirmaram que os seguranças da MR Eventos, chegaram dando golpes de cassetetes nos jovens que brigaram dentro do parque, o que teria gerado mais brigas e a pancadaria na portaria.
O empresário Marcio Renê dos Santos da Silva, proprietário da empresa MR Eventos, é mesmo o autor do disparo que atingiu e matou o adolescente, que estava do outro lado da rua e não tinha nada a ver com as brigas.
João Vitor morreu na madrugada de sábado, dia 10 de maio, em frente a portaria e estacionamento externo do acesso ao Parque Expo Show Norte, em Ouro Preto.
Ele foi atingido pelo disparo feito por Márcio Renê, conforme vários vídeos mostram e foram divulgados em várias plataformas digitais. Assim que viu o adolescente caído, Márcio Renê fugiu do local do crime, para se livrar do flagrante.
De acordo com informações da Polícia Civil de Ouro Preto do Oeste, ele se apresentou e levou consigo a arma usada no disparo que tirou a vida do adolescente João Vitor.
“A arma é uma pistola semiautomática, da marca Taurus calibre .380. Ele trouxe também um carregador alongado, com 18 munições intactas, uma foi deflagrada e supostamente seria esta, contra o garoto. São pelo menos 19 tiros no pente alongado da arma do suspeito, que trabalhava como segurança em vários eventos na região e tem uma empresa que atua desta forma”, disse uma autoridade.
O site Correio Central informou que o crime de homicídio foi registrado pelo delegado plantonista George Harisson H. Lemos, via Call (videoconferência), foi liberado, conforme determina o Código de Processo Penal, por ele ter se apresentado espontaneamente.
Por volta de 12h20, o segurança deixou a Delegacia de Polícia, porém próximo de 21h ele foi preso preventivamente após o juiz plantonista dar despacho favorável ao recolhimento do autor do tiro que matou o adolescente.
A prisão preventiva não tem prazo, o segurança vai permanecer preso. Veja o vídeo abaixo:
Márcio Renê foi recolhido à Casa de Detenção por volta de 21h15, após realizar exame de corpo de delito no hospital municipal. Assim que Renê deixou a delegacia, meio-dia, o delegado também plantonista Daniel Diniz protocolou o pedido de prisão preventiva do acusado que só saiu no começo da noite.
Investigadores monitoraram Renê para não o perder de vista. Ao deixar a Delegacia, o acusado viajou para Ji-Paraná (RO), agentes da polícia também foram para monitorá-lo.
Renê voltou para Ouro Preto no fim do dia, talvez não acreditasse que sairia o mandado de prisão contra ele. O delegado Niki Locatelli, titular na Unisp em Ouro Preto do Oeste, não estava na cidade neste sábado, mas retornou à tarde e se junto aos delegados Daniel Diniz e George Harrison, que é titular da Delegacia Civil de Mirante da Serra (RO), na condução das diligências.
Da Redação do Correio Central

A morte precoce do jovem estudante da Escola Estadual Monteiro Lobato, cheio de vida, rodeado de amigos, e talentoso, causa dor e afeta uma geração na cidade, que compartilhava a vida com ele.
Este domingo (11), Dia das Mães, será um dia negro para mês, familiares amigos de João Vitor, e sem alegria no coração de muitos jovens na cidade.
Pela Lei brasileira o segurança acabou saindo, entretanto, gerando revolta coletiva na sociedade, mas a Polícia Judiciária trabalhou durante todo o dia, testemunhas e envolvidos nas brigas que culminaram no combate entre jovens e seguranças na portaria do clube foram identificados e ouvidos, e investigadores obtiveram novas imagens de câmeras no entorno do parque de exposição.
Márcio Renê não foi liberado pela polícia por ter dados seus argumentos durante o depoimento quando se apresentou.
“Judicialmente não podíamos segurá-lo, ainda mais acompanhado de dois advogados”, explicou o delegado que conduziu os trabalhos ontem na DP.
A diferença entre flagrante e apresentação espontânea reside no momento da interação com a autoridade policial. No flagrante, o agente é preso no momento em que comete ou acaba de cometer um crime. Já na apresentação espontânea, o agente se entrega voluntariamente à autoridade, após ter cometido o crime.
A apresentação espontânea não caracteriza a prisão em flagrante, mas pode levar à decretação de prisão preventiva ou temporária se houver elementos que justifiquem.
No caso de Márcio Renê, os delegados apresentaram argumentos suficiente para o juiz de plantão conceder o pedido de prisão. O delegado Niki Locatelli, que vai conduzir a investigação informou que a Polícia Civil tem dez dias para concluir o inquérito e remetê-lo para o Ministério Público oferecer a denúncia contra Márcio Renê dos Santos da Silva, que permanecerá preso, e terá direito a apresentar sua defesa.
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