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Menino de 3 anos com prisão de ventre é diagnosticado com câncer raro

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Menino de 3 anos com prisão de ventre é diagnosticado com câncer raro

Não é raro que crianças tenham dificuldades para ir ao banheiro. Se acostumar com a fralda e com o penico na primeira infância pode ser difícil, mas a família de Gaspard Ronsseray, de 3 anos, começou a desconfiar que a prisão de ventre dolorosa que o menino sentia não era comum. Na realidade, a constipação intestinal foi sintoma de um câncer raro e grave.

A família, que mora em Hammersmith, Londres, percebeu os sintomas de Gaspard em 2018. Além da prisão de ventre, o garoto começou a reclamar de dores em uma das pernas. O médico clínico prescreveu medicamentos para constipação, mas o tratamento não surtiu efeito.

Com o passar dos dias, Gaspard ficou pálido, perdeu o apetite, deixou de brincar e demonstrava cansaço constante. Enquanto aguardavam o resultado de um exame, os pais notaram que o abdômen do filho estava muito inchado e o levaram às pressas ao hospital. Foi quando veio o diagnóstico foi de rabdomiossarcoma, um câncer considerado raro. Tamanho do tumor As varreduras revelaram um tumor de 12 centímetros entre a próstata e a bexiga e uma biópsia confirmou o diagnóstico de rabdomiossarcoma em estágio três, um tipo raro de câncer que pode atingir qualquer tecido mole no corpo, sendo mais comum em crianças.

Tamanho do tumor As varreduras revelaram um tumor de 12 centímetros entre a próstata e a bexiga e uma biópsia confirmou o diagnóstico de rabdomiossarcoma em estágio três, um tipo raro de câncer que pode atingir qualquer tecido mole no corpo, sendo mais comum em crianças.

Em maio de 2024, Gaspard comemorou cinco anos sem sinais de câncer em seu organismo. O risco desse tipo de câncer voltar é mínimo. Cânceres infantis são raros Embora o rabdomiossarcoma seja o terceiro mais comum entre os sarcomas, cânceres generalistas dos tecidos moles, o Manual MSD estima que nos EUA o número de casos anuais da doença seja inferior a 400. Casos de câncer em crianças são muito mais raros que em adultos, mas também podem ser especialmente agressivos pela velocidade de produção de céulas do organismo.

Os sintomas variam conforme a localização do tumor, mas no caso de câncer geniturinário, como o do menino, há dor abdominal, massa abdominal palpável, dificuldades para urinar, constipação, diarreia, sangue nas fezes e perda de peso sem explicação.

Segundo a oncologista Mariana Michalowski, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope), a agilidade no diagnóstico pode ser decisiva: “Quanto antes conseguimos identificar a doença, maiores são as chances de que a criança ou o jovem esteja menos adoecido, com uma doença mais localizada, o que significa um tratamento menos intensivo. O câncer da infância e da juventude é uma doença curável”, pontua a médica.

O tratamento é conduzido por uma equipe multidisciplinar e pode incluir cirurgia para remoção do tumor, quimioterapia e radioterapia. A maioria das crianças maiores de 1 ano e menores de 10 tem boas chances de recuperação sem sequelas e com baixo risco de reicidivas. Por Bruno Bucis