Desesperada! Na verdade, a mulher de 43 anos, estava totalmente fora de si. Suas faculdades mentais não obedeciam a instintos pela sobrevivência. “Ela dizia que queria morrer, que aí, tudo acabava”.
Segurando uma faca afiada e pontuda para o abdome, com a mão direita, a moradora do Residencial Vale Verde estava muito nervosa. Ela falava palavras desconexas, exageradas, exacerbadas, carregadas de sentimentos de perda, de inferioridade, de humilhação.
Sozinha na residência, os militares do 4º Batalhão que chegaram conseguiram desenvolver um diálogo com ela. Com isto, ela foi entendendo que eles se importam com ela, baixou a guarda, cedeu, retirou a faca da barriga e foi atendida pelo Corpo de Bombeiros, que a conduziu para o Heuro.
Não há mais informações. Até o fechamento da redação, não foi possível apurar se algum dos familiares da vítima haviam comparecido a unidade de saúde.
No registro, o que pode apurar é que “foi feito contato com parentes da mulher, mas até o encerramento da ocorrência, nenhum deles compareceu ao hospital para acompanhar a vítima”.
Da Redação
Quem é essa mulher? Trabalha em quê? Por quê ela estava tão angustiada? O que a fez pensar em tentar contra a própria vida? O que a levou ao ato tão extremo? Quem são seus familiares? O que levou tanta demora, ou nenhum contato deles com ela?
Os bombeiros e policiais militares se importam em ter estas respostas, mas e as autoridades, nós como imprensa, veículos de comunicação, sociedade civil organizada. O que estamos fazendo para entender que o mundo tem dificultado os trajetos, pelo menos para alguns?
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