O crime organizado em Rondônia sofreu, na manhã desta quarta-feira, 12 de novembro um de seus mais duros golpes. Durante a deflagração de uma ampla operação estadual — considerada a maior do ano no enfrentamento às facções criminosas — o líder da organização, cuja identidade não foi imediatamente revelada pelas autoridades, morreu em confronto com equipes da Polícia Militar (PM).
A ofensiva mobilizou cerca de 500 agentes, com atuação simultânea em 19 municípios de Rondônia, além de pontos estratégicos no Amazonas e no Mato Grosso. Ao longo da ação, foram cumpridos 50 mandados de prisão temporária e 120 ordens de busca e apreensão em diferentes localidades, compondo uma operação de grande envergadura.
De acordo com o comandante da Polícia Militar, Wellington Braguin, as equipes contaram com o apoio de aproximadamente 90 unidades operacionais especializadas. O confronto que resultou na morte do líder do grupo aconteceu em uma propriedade rural, na Fazenda Galo Velho, região próxima a Porto Velho.
Ainda segundo o comandante, uma das guarnições foi recebida a tiros por um dos investigados no momento da aproximação ao local. No revide, o indivíduo — identificado como o chefe da organização — acabou atingido e morreu no próprio cenário do conflito. Sua esposa, presente na residência durante o tiroteio, foi socorrida e encaminhada ao Hospital João Paulo II, na capital rondoniense, onde permanece sem informações detalhadas sobre seu quadro clínico.
As investigações indicam que a organização operava no estado havia aproximadamente cinco anos, com modus operandi voltado à extorsão violenta e à grilagem de terras. Integrantes do grupo utilizavam armamento pesado para pressionar vítimas, forçando-as a transferir propriedades mediante ameaças, intimidações e contratos fraudulentos.
Com o avanço das diligências e a neutralização do líder, a operação representa um avanço significativo no combate ao crime organizado em Rondônia, segundo avaliação da própria cúpula da segurança pública.
