Rondônia, 19 de abril de 2024
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Padre que usou dinheiro da igreja em drogas e orgias é preso na Itália

Segundo informações da tvprato.it, o padre Spagnesi, 40, está em prisão domiciliar, acusado de importar e vender drogas.

Autor:
Francesco Spagnesi. Foto: met.provincia.fi.it

Dom Giovanni Nerbini, bispo de Prato, Itália, desempossou o padre Franceso Spagnesi da sua paróquia, depois que ele foi condenado a prisão domiciliar por ter usado dinheiro da igreja em drogas e festas sexuais.

“Quero expressar a minha grande dor pelos fatos divulgados hoje relativos ao padre Francesco Spagnesi. Neste momento, penso em toda a Igreja de Prato, na comunidade da Castellina, muito próxima à paróquia e ligada ao seu pároco”, disse o bispo num vídeo publicado pela diocese em 14 de setembro.

“Quero expressar minha plena confiança no Ministério Público, no seu trabalho e garantir-lhes a minha plena colaboração, que já foi dada, e de toda a diocese”, afirmou o bispo italiano.

Segundo informações da tvprato.it, o padre Spagnesi, 40, está em prisão domiciliar, acusado de importar e vender drogas.

A polícia de Prato chegou até o sacerdote após investigar seu cúmplice, Alessio Regina, cidadão de Prato encontrado com 1 litro de GBL ou ácido gama-butirolactona, substância cuja venda é proibida e que é conhecida como a “droga do estupro”. Ele também está em prisão domiciliar.

Segundo a acusação do Ministério Público, o GBL importado da Holanda e a cocaína comprada localmente eram vendidos às pessoas que frequentavam uma casa de Alessio Regina, onde eram organizadas festas sexuais.

Os detetives calculam que cerca de 200 pessoas estariam envolvidas, contactadas através de páginas de encontros sexuais. Entre elas, cerca de 15 já admitiram ter participado das festas. O sacerdote e Alessio Regina também participavam.

O dinheiro usado para as drogas e as festas sexuais teria sido fornecido pelo sacerdote, que o obtinha da igreja da Anunciação de Castellina, de que era pároco. Segundo o procurador, o montante total poderia chegar a dezenas de milhares de euros.

Em sua mensagem, o bispo de Prato ressaltou que, “quando o problema que ele tinha ficou claro, impus ao padre Francesco o acompanhamento de um psicoterapeuta e, por sugestão deste, em um momento do caminho eu lhe proibi de continuar administrando a paróquia”.

Como o sacerdote faltava às sessões da terapia, no mês de junho o bispo comunicou-lhe que o havia desempossado “da paróquia para que pudesse se curar e, no final de agosto, explicitei minha intenção pedindo-lhe que solicite um ano sabático com aquela finalidade”.

O que aconteceu, continuou o bispo, “são notícias que um pai e pastor nunca desejaria receber e que afeta toda a diocese. Neste momento, desejo aproximar-me particularmente da comunidade paroquial da Castellina, partilhando o seu sofrimento e o seu mal-estar”.

“Ninguém poderia ter imaginado que ele tinha problemas de toxicodependência. Por muito tempo foi um problema pessoal”, assegurou o bispo, que já anulou todo poder que o sacerdote tinha para retirar dinheiro das contas da paróquia.

Dom Giovanni Nerbini pediu a todos uma “oração pela Igreja diocesana, pelos sacerdotes, pela comunidade da Castellina e pelo padre Francesco, para que estes acontecimentos nos tornem a todos mais fortes na caridade e na verdade”.

ACIDIGITAL



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