MENU

Pai denuncia falha em atendimento e luta por diagnóstico de filho no HEURO de Cacoal

Compartilhar:
Pai denuncia falha em atendimento e luta por diagnóstico de filho no HEURO de Cacoal

O que deveria ser um momento de acolhimento e agilidade no diagnóstico transformou-se em um pesadelo de angústia e incerteza para Luiz Fernando, pai de um jovem que sofreu uma crise de convulsões após febre alta no último dia 23 de outubro. A peregrinação em busca de respostas e tratamento adequado expôs um aparente problema na comunicação e na disponibilidade de especialistas no Hospital de Urgência e Emergência de Rondônia (HEURO) em Cacoal.

O drama começou quando o jovem deu entrada no Pronto Atendimento Médico (PAM) e, devido ao quadro de convulsões, recebeu um encaminhamento urgente para avaliação de um Neurocirurgião no HEURO.

No hospital, no entanto, a expectativa de um diagnóstico rápido foi frustrada. Segundo o relato de Luiz Fernando, o Neurocirurgião plantonista descartou a necessidade de intervenção cirúrgica e orientou que o paciente fosse avaliado por um Neuroclínico para investigar a causa das convulsões.

"Foi passado para que fosse feito uma tomografia da cabeça e do tórax, essa tomografia foi feita, o neurocirurgião disse que não precisava de cirurgia e disse que ele deveria receber alta", relata o pai, visivelmente preocupado com a demora em descobrir a origem do problema.

A situação se agravou com a sugestão de um dos profissionais, que, diante da falta do especialista, teria chegado a sugerir alternativas particulares. "Um dos médicos falou pra mim, se quiser levar para o particular pode levar, vai demorar para chegar o neuroclínico", desabafa Luiz Fernando.

Nossa equipe de reportagem procurou a direção do Hospital para esclarecimentos sobre a demora no acesso ao especialista e o risco de alta sem um diagnóstico conclusivo. O Coronel Anderson, Diretor do HEURO, comentou o caso, admitindo uma complexidade na escala de profissionais.

O diretor confirmou a presença de um Neurocirurgião 24 horas na escala, mas explicou que o Neuroclínico não possui disponibilidade integral no local.

Coronel Anderson, Diretor do HEURO: "Nesse caso em específico, temos uma situação. Nós temos um neurocirurgião 24 horas aqui na escala aqui. Esse profissional é quem aciona o neuroclínico, que não fica disponível sempre aqui, temos um que trabalha por 20 dias pelo contrato com a empresa terceirizada e os outros dez dias do mês é um outro médico."

O Coronel Anderson revelou que, para complicar a situação, o médico que cobriria os dez dias restantes do mês está de férias. Para contornar a ausência, o hospital está recorrendo a uma Neuroclínica do Hospital Regional que atende em regime de sobreaviso.

Segundo o diretor, o cerne do problema foi uma falha de comunicação no acionamento e na coordenação desses profissionais. Da Redação O Minuto Notícia – Informação é Poder!