Rondônia, 25 de novembro de 2024
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Pandemia da Covid-19 prejudicou a cobertura vacinal da poliomielite, avalia infectologista

Ministério da Saúde reforça a importância de manter a cobertura vacinal para evitar reintrodução da pólio no país

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No ano em que a pandemia de Covid-19 estourou no Brasil e no mundo, as taxas de cobertura dos principais imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação caíram, em especial da poliomielite. Segundo o Ministério da Saúde, em 2020, a cobertura vacinal em crianças menores de um ano no país ficou em 76%.

A infectologista Raquel Stucchi, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, afirma que o isolamento social foi responsável pela baixa adesão à vacinação naquele período.

“A pandemia foi responsável — no início dela, nós estamos falando lá em 2020 — por uma diminuição da adesão vacinal, porque a gente tinha a orientação de não sair de casa. Muitas unidades de saúde ficaram com seus atendimentos exclusivos para a Covid-19. [Mas] isso já há quatro anos atrás. Nós já tivemos tempo de recuperar a vacinação; as unidades básicas já estão trabalhando normal; todo mundo já pode sair, trabalhar e ir para a rua, retomar sua rotina. Então é momento de retomar a rotina também mantendo as atualizações vacinais.”

Com a retomada da rotina, após o fim do isolamento social, a cobertura vacinal contra a poliomielite voltou a subir no Brasil, mas ainda não atingiu os 95% preconizados pela Organização Mundial da Saúde para erradicação da doença. Em 2021, a taxa estava em 71%. Em 2022, subiu para 77,2% e, em 2023, chegou a 84,6%.

Apesar de o Brasil ter erradicado o poliovírus selvagem do território nacional desde 1989 — como resultado da intensificação da vacinação —, o vírus continua circulando em outros países. Por isso, o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, alerta os profissionais de saúde, pais ou responsáveis sobre a importância de imunizar os pequenos.

“A poliomielite é uma doença que, por muitas décadas, causou paralisia e morte em crianças. Só que essa doença não faz mais parte do nosso cenário epidemiológico graças à vacinação e o Brasil, desde 1989, não registra nenhum caso. Embora tenhamos eliminado a doença, ela ainda existe no mundo e pode ser reintroduzida no nosso país. Por isso, é muito importante que os pais levem seus filhos menores de cinco anos para checar a caderneta e fazer a vacinação.” 

Todas as crianças menores de 5 anos de idade devem ser imunizadas contra a pólio de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação e na campanha anual. O esquema vacinal contra a poliomielite possui três doses injetáveis — aos 2, 4 e 6 meses de idade — e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente, a gotinha. 

Vale lembrar que a vacina protege as crianças por toda a vida e é segura.

Procure uma unidade básica de saúde e cuide bem dos nossos futuros campeões. Vamos nos unir ao Movimento Nacional pela Vacinação.

Para mais informações, acesse: www.gov.br/vacinacao

Pixel Brasil 61



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