A Polícia Federal (PF) de Rondônia, em um claro sinal de intensificação da fiscalização ambiental, deflagrou duas operações de grande porte em menos de sete dias. As ações, que contaram com a parceria de órgãos como a Polícia Militar Ambiental, o IBAMA e a FUNAI, miraram tanto o garimpo ilegal em rios federais quanto a invasão de terras indígenas.
A operação mais recente, deflagrada ontem, foi a "Acesso Difícil". O foco da ação integrada foi reprimir a ocupação irregular e a prática de crimes ambientais no interior da Terra Indígena Tubarão Latundê. O trabalho conjunto resultou no desmantelamento de estruturas de apoio aos invasores: seis acampamentos ilegais foram inutilizados e duas motocicletas, usadas para ingressar na área protegida, foram apreendidas. Os materiais foram encaminhados para os procedimentos de polícia judiciária e para a responsabilização administrativa ambiental.
Na última sexta-feira, a PF já havia desferido um duro golpe contra o garimpo ilegal com a Operação "Hefesto II". O objetivo era prevenir e reprimir a extração ilegal de ouro e crimes ambientais no trecho do Rio Madeira que compreende os distritos de Aliança, São Carlos e Nazaré.
As diligências revelaram a dimensão do esquema criminoso: dragas e balsas de médio e grande porte foram identificadas, evidenciando uma atividade estruturada, com capacidade de extração em larga escala. Diante da impossibilidade de remoção, 49 embarcações e motores utilizados na atividade ilícita foram inutilizados no local. Além do prejuízo material imposto aos garimpeiros, foram apreendidos aparelhos celulares e, o mais alarmante, frascos contendo mercúrio, uma substância altamente tóxica e essencial para o processamento ilegal do minério.
As duas operações consecutivas sublinham o enfrentamento rigoroso das autoridades contra o crime organizado que financia a devastação ambiental e põe em risco a saúde da população e o patrimônio indígena em Rondônia. Da Redação O Minuto Notícia – Informação é Poder!
