Agentes da Polícia Civil tentam prender, nesta quarta-feira (15), integrantes de uma organização criminosa que invade e loteia terras públicas do estado de Rondônia. Segundo investigação, as armas para essa quadrilha eram fornecidas por dois policias militares.
São cumpridos 10 mandados de prisão e 6 de busca e apreensão nas cidades de São Francisco do Guaporé (RO) e Porto Velho.
As ordens judiciais estão sendo cumpridas pela 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco2), através da 6ª fase da Operação Canaã, intitulada de “Samuel”.
Segundo investigação, a quadrilha investigada invadiu a Estação Ecológica de Samuel, localizada no município de Candeias do Jamari.
Loteamento de terra pública
A 6ª etapa da operação Canaã descobriu que os suspeitos tinham a ajuda de um topógrafo para ajudar no loteamento de terras na Estação Ecológica de Samuel.
“O núcleo criminoso promovia a venda dos lotes, coordenava invasão e promovia a manutenção dos compradores no interior da unidade de conservação mediante um código de conduta interno, com um rigoroso controle de acesso por grupo armado”, diz a Draco.
Ainda conforme a Polícia Civil, a quadrilha era subsidiada pelo fornecimento e comércio ilegal de armas através de dois policiais militares. Esses PMs, além de integrarem a organização criminosa, atuavam na segurança e no recebimento dos lucros.
550 lotes
Ao todo, o grupo criminoso loteou 550 pedaços de terra dentro da Unidade de Conservação em Candeias do Jamari. Segundo a Draco, parte desses lotes, inclusive, já estava comercializada. As vendas deram cerca de R$ 5 milhões de rendimentos para a organização criminosa.
A 6ª fase da Operação Canaã também descobriu que os criminosos pretendiam invadir e comercializar lotes em outra unidade de conservação ambiental: a reserva extrativista Rio Preto Jacundá e Floresta Nacional do Jacundá.