Rondônia, 14 de maio de 2024
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Policiais militares ajudavam quadrilha a invadir terras públicas em São Francisco do Guaporé-RO

Draco cumpre 10 mandados de prisão. Mandados são cumpridos em Porto Velho e São Francisco do Guaporé através da 6ª fase da Operação Canaã, intitulada de “Samuel”.

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6ª fase da Operação Canaã em RO mira novos invasores de terras públicas — Foto: PC-RO/Divulgação

Agentes da Polícia Civil tentam prender, nesta quarta-feira (15), integrantes de uma organização criminosa que invade e loteia terras públicas do estado de Rondônia. Segundo investigação, as armas para essa quadrilha eram fornecidas por dois policias militares.

São cumpridos 10 mandados de prisão e 6 de busca e apreensão nas cidades de São Francisco do Guaporé (RO) e Porto Velho.

As ordens judiciais estão sendo cumpridas pela 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco2), através da 6ª fase da Operação Canaã, intitulada de “Samuel”.

Segundo investigação, a quadrilha investigada invadiu a Estação Ecológica de Samuel, localizada no município de Candeias do Jamari.

Loteamento de terra pública

A 6ª etapa da operação Canaã descobriu que os suspeitos tinham a ajuda de um topógrafo para ajudar no loteamento de terras na Estação Ecológica de Samuel.

“O núcleo criminoso promovia a venda dos lotes, coordenava invasão e promovia a manutenção dos compradores no interior da unidade de conservação mediante um código de conduta interno, com um rigoroso controle de acesso por grupo armado”, diz a Draco.

Ainda conforme a Polícia Civil, a quadrilha era subsidiada pelo fornecimento e comércio ilegal de armas através de dois policiais militares. Esses PMs, além de integrarem a organização criminosa, atuavam na segurança e no recebimento dos lucros.

550 lotes

Ao todo, o grupo criminoso loteou 550 pedaços de terra dentro da Unidade de Conservação em Candeias do Jamari. Segundo a Draco, parte desses lotes, inclusive, já estava comercializada. As vendas deram cerca de R$ 5 milhões de rendimentos para a organização criminosa.

A 6ª fase da Operação Canaã também descobriu que os criminosos pretendiam invadir e comercializar lotes em outra unidade de conservação ambiental: a reserva extrativista Rio Preto Jacundá e Floresta Nacional do Jacundá.

 



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