Rondônia, 30 de abril de 2024
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Preço médio da gasolina nos postos do país varia até 25,6% em um ano

Com a volta da alíquota do ICMS a 25%, o valor poderá subir para até R$ 7 em janeiro, avalia economista da FGV

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Alta nos preços se devem a pandemia da covid e guerra da Russia — Foto: AFP via BBC

O preço médio da gasolina comum nos postos de combustíveis do Brasil começou o ano em R$ 6,63 e deve terminar 2022 em R$ 4,93, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural), uma variação de 25,6%.

O preço do combustível atingiu o pico no fim do primeiro semestre, mais precisamente no término de maio e em junho, quando a média nacional chegou a R$ 7,28.

O menor valor foi registrado em outubro, quando a média do litro custava R$ 4,89 no país, principalmente após a redução da alíquota do ICMS nos estados.

O economista Matheus Peçanha, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), diz que a volta dos tributos estaduais à alíquota-padrão deve elevar o preço da gasolina ao patamar dos R$ 7 novamente já em janeiro de 2023, com o fim da isenção do ICMS, com a guerra entre Rússia e Ucrânia, que completou dez meses, e com a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) reduzindo a produção.

Em alguns estados da Federação, como no Rio de Janeiro, o preço máximo do litro da gasolina era de R$ 8,99 no posto mais caro. Na Bahia, a média bateu os R$ 8,03 em junho.

Peçanha explica que o aumento do preço aconteceu principalmente por motivos externos, alheios ao controle nacional. “A trajetória foi muito relacionada a eventos globais, sobretudo a guerra da Rússia contra a Ucrânia, que fez elevar demais o preço do petróleo”, afirma o economista.

A guerra teve início em meados de fevereiro, quando Putin declarou a República Popular de Luhansk e a República Popular de Donetsk como independentes.

A invasão russa fez os preços dispararem e, com a prática do PPI (Paridade de Preço Internacional), o custo da gasolina no mercado interno acompanhou o aumento do preço do petróleo internacionalmente.

Em julho, a queda acentuada da gasolina aconteceu por medidas tributárias instituídas pelo governo federal.

A redução da alíquota do ICMS de 25% para 17% fez com que os preços caíssem para R$ 6,05 já em julho e continuassem diminuindo até outubro, quando atingiu a mínima de R$ 4,89.

Vinicius Primazzi, do R7

 



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