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Vampiros, lobisomens, frankensteins, fantasmas. As fantasias no Halloween costumam celebrar personagens ligados ao horror, à morte.
O Brasil adotou a festa que nasceu na Europa e se popularizou nos Estados Unidos. Viraram tradicionais as festas do “Dia das Bruxas”, comemorado em 31 de outubro.
E, em Manaus, houve várias.
A casa noturna Porão do Alemão fez uma delas. Na madrugada de ontem, dia 2 de novembro.
E tratou de publicar em suas redes sociais as fotos de clientes que os funcionários consideraram mais criativas.
Entre elas, a de Rodrigo Fernandes, tatuador.
Ele colocou uma camisa vermelha com listras horizontais negras, representando o time do Flamengo. Com o nome Bruno nas costas. Nas mãos, um saco de lixo. Nele, estava escrito Eliza.
Rodrigo ironizava o assassinato de Eliza Samudio, em junho de 2010. O ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos e três meses por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e uso de meio que dificultou a defesa da vítima), cárcere privado e sequestro de Eliza e do filho deles, Bruninho, e ocultação de cadáver. Confessou ter sido o mandante.

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“Este caso é totalmente repugnante. Este homem fez apologia do crime, que está tipificado no nosso Código Penal. Essa apologia do crime é grave, pois esse homem está pisoteando a dor de uma família. O que aconteceu à época foi algo hediondo. Por isso, essa fantasia é uma agressão à sociedade, à vítima e às mulheres.
“O que ele fez pode resultar em danos morais à família [de Eliza].”
As palavras são da delegada Débora Mafra, da delegacia especializada em Crimes contra a Mulher, em Manaus.
Ao usar sua fantasia na festa, Rodrigo se expôs ao Artigo 287, do Código Penal: fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime. A pena: detenção, de três a seis meses, ou multa.
Rodrigo é tatuador. E foi demitido do estúdio onde era colaborador, o El Cartel Tatuaria, em Manaus. Teve a identidade divulgada pelo site Manauara News, de Manaus. Ele apagou todas as redes sociais, devido à repercussão do caso.
“Parece que a pessoa não tem um pingo de empatia com o próximo. Será que a pessoa não sabe que tem o filho dela, que é menor, envolvido nisso tudo? Fiquei arrasada quando vi isso. Muito triste. Em 2018, jovens de Minas Gerais tinham feito a mesma coisa.
“Eu já acionei a advogada para tomar as providências. Eu não vou admitir mais que façam esse tipo de coisa com a minha filha. Justo no dia de hoje. É tão difícil para mim…”, disse a mãe da modelo que foi morta ao jornal Extra.

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Eliza Samudio foi assassinada em junho de 2010.
Ela teve um filho com o então goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes. E cobrava dele pensão alimentícia quando desapareceu. Investigações provaram que, a mando de Bruno, ela foi sequestrada no Rio e morta em Minas Gerais.
Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, por homicídio por motivo torpe, meio cruel e uso de meio que dificultou a defesa da vítima, cárcere privado e sequestro de Eliza e do filho deles, Bruninho, e ocultação de cadáver. E por ter sido o mandante.
O corpo de Eliza não foi encontrado. A polícia desconfia que foi retalhado. E dado como alimento a cachorros.
Bruno conseguiu liberdade condicional em 2019, depois de cumprir um sexto da pena. E circula tranquilamente pelo país. Já voltou a jogar futebol profissionalmente. Agora está sem clube.
O ex-goleiro deve mais de R$ 3 milhões em pensão alimentícia ao filho com Eliza, Bruninho. Está sendo processado e pode voltar à cadeia.
Enquanto isso, Bruno comprou neste ano um carro de R$ 80 mil.
Ele vive tranquilamente em Cabo Frio, no Rio de Janeiro.
Seu filho não tem dinheiro para comprar material escolar…

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