Um estudo divulgado na semana passada, pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) expôs um dado preocupante para Rondônia: os municípios de Ministro Andreazza, Novo Horizonte do Oeste e Primavera de Rondônia não geram receita própria suficiente para custear as despesas básicas da administração municipal, como salários de prefeitos e vereadores.
Segundo a Firjan, 1.282 cidades brasileiras — o equivalente a 25% do total de municípios do país — não produzem receita suficiente para manter suas estruturas administrativas. A análise utiliza quatro indicadores principais do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF): Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez.
No caso de Rondônia, apenas esses três municípios apareceram no levantamento de 2024. O indicador de Autonomia, que mede a capacidade das receitas oriundas da atividade econômica local em cobrir as despesas essenciais do município, apontou situação crítica para essas localidades, evidenciando dependência de repasses estaduais e federais.
Apesar da melhora geral do cenário fiscal no país em 2025, com crescimento de repasses e conjuntura econômica mais favorável, o estudo mostra que 36% das cidades brasileiras — representando 46 milhões de habitantes — ainda vivem situação fiscal difícil ou crítica. No topo do ranking positivo está Vitória (ES), única capital com nota máxima. Em contrapartida, capitais como Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS) registram dificuldades.
A Firjan também chama atenção para outros pontos preocupantes: 540 prefeituras comprometem mais de 54% do orçamento com gastos de pessoal, ultrapassando os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, enquanto 413 prefeitos terminaram seus mandatos no “cheque especial” — sem recursos em caixa para cobrir despesas postergadas.
Especialistas alertam que reformas na distribuição de recursos, ampliação da arrecadação local e revisão de gastos públicos são essenciais para que os municípios se tornem menos dependentes e mais sustentáveis a longo prazo. Da Redação O Minuto Notícia – Informação é Poder!