Nesta segunda-feira, 20 de dezembro, a câmara de vereadores de Jaru (RO), município com população estimada em 59 mil habitantes e que, conforme a imprensa local, é um dos mais pujantes da Região Norte do Brasil, devido a boa administração pública do prefeito João Gonçalves Jr. (PSDB), revogou resolução de janeiro de 2021, que mantinha o salário dos legisladores em R$ 8,2 mil.
É que no final do mandato dos parlamentares da legislatura que encerrou 2020, foi aprovado salário de R$ 10 mil mensais, porém, após análise havia ficado decidido que esse “aumento de 1,8 mil”, pesaria aos cofres públicos, incorrendo em não cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Prestes a completar um ano recebendo R$ 8,2 mil mensais, o que somados gira em torno de R$ 123 mil mensais e sem 13º salário, nos custa anualmente R$ 1,476 milhão, sem incluir despesas como, combustíveis, alimentação, eventos na casa municipal de leis e diárias, os parlamentares se uniram e revogaram a decisão do início do ano.
Mensalmente teremos uma despesa acrescida em R$ 27 mil. Sem 13º, sem diárias e/ou outras despesas, o montante anual chega a R$ 324 mil.
A derrubada da resolução de 13 de janeiro de 2021, veio num momento em que todo o cenário político legislativo passa por descrédito, devido a quebra do veto do presidente Jair Bolsonaro (PL), ao chamado fundão eleitoral, que supera os R$ 5 bilhões.
Com o novo salário de R$ 10 mil mensais dos vereadores jaruenses, livre sem qualquer diária e/ou despesas adicionais, sejam elas quais forem, o município vai desembolsar em torno de R$ 150 mil mensais. A despesa anual será superior a R$ 1,8 milhão.
De acordo com o que foi divulgado, o parlamento fez novos cálculos e viu que era possível revogar a resolução.
Nelson Salim Salles
