O réu Erick Morais, que tem 23 anos, assassino de Beatriz Ferreira de 15 anos, na Linha 659, em Colina Verde, distrito de Governador Jorge Teixeira (RO), foi a júri popular nesta sexta-feira, 5 de abril, no Fórum de Jaru (RO).
Erick foi julgado e condenado pelo crime de feminicídio. A pena, conforme a decisão dos jurados, foi máxima, de 30 anos de prisão, em regime fechado. O julgamento do réu começou as 08h30 e encerrou antes das 15h.
O réu permaneceu todo tempo de cabeça baixa, quando foi interrogado respondeu apenas as perguntas da defesa que ficou a cargo da defensora pública Danilla Neves Porto. Foram ouvidas cinco testemunhas.
Familiares de Beatriz Ferreira organizaram um protesto silencioso. Junto de amigos, compareceram de camisetas com a foto da jovem, pedindo por “justiça”.
Como o réu já cumpriu pouco mais de um ano de cadeia, tem pela frente outros 29 anos em regime fechado. Ele não terá o direito de recorrer em liberdade.
Relembre o caso
Beatriz foi encontrada morta com uma facada no pescoço e com sinais de degolamento em uma estrada no distrito que morava. O ex-namorado da vítima foi quem ligou para polícia e relatou o crime. Ele foi preso como suspeito.
Na época, a Polícia Civil informou que adolescente de 14 estava grávida quando foi morta. Além disso, Erik teria gravado o ato e encaminhado vídeos da ex-namorada, quase decapitada, para alguns familiares.
Ainda de acordo com as investigações, o suspeito teria ficado com ciúmes da jovem por causa da roupa que ela estava usando: um short, que, na opinião dele, era curto. Mesmo depois da separação o suspeito continuava procurando a vítima, até que no dia do crime ele a convidou “apenas para uma conversa como amigos”.
“Mas ele a assassinou. Depois ainda gravou o ato e encaminhou vídeos da adolescente morta, quase decapitada, para alguns familiares”, informou a delegada Caritiana Cuellar.