Rondônia, 3 de maio de 2024
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Euclides Maciel é condenado por corrupção passiva na Justiça de Rondônia

Ex-deputado de RO é condenado por receber propina para votar a favor de projetos na Assembleia Legislativa. Segundo a sentença, o ex-parlamentar recebeu R$ 30 mil de propina para votar em projetos. Pena de dois anos e meio de reclusão foi convertida em serviço comunitário.

Autor:
Ex-deputado estadual Euclides Maciel — Foto: Redes Sociais/Reprodução

O ex-deputado estadual Euclides Maciel foi condenado por corrupção passiva na Justiça de Rondônia. Segundo a sentença, o ex-parlamentar recebeu R$ 30 mil de propina para votar em projetos a favor do então presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), Valter Araújo, quando os dois ainda ocupavam cadeiras na Casa de Leis.

A sentença cita um trecho de um diálogo entre os dois, descoberto através de interceptações telefônicas:

  • Valter: fala companheiro.
  • Euclides: é que eu to chegando em Brasília, por isso que saiu do ar, eu vou embarcar daqui a pouco pra….me diz só uma coisa, como é que nós…. amanhã querem que vote o negócio da pesca? eu vou votar com quem?
  • Valter: comigo… você vai votar comigo.
  • […]

    • Valter: eu sou cem por cento a favor da derrubada do veto.
    • Euclides: derrubar o veto então?
    • Valter: derrubar o veto.

     

    Ex-deputado estadual Euclides Maciel — Foto: Redes Sociais/Reprodução

    O valor recebido foi comprovado no processo a partir da quebra de sigilo bancário. Segundo a denúncia, a transferência foi realizada diretamente de uma empresa vinculada ao até então Presidente da Casa de Leis, Valter Araújo.

    Euclides foi condenado a dois anos e seis meses de reclusão, além de e 18 dias multa por corrupção passiva. No entanto, a Justiça decidiu substituir a pena por prestação de serviço à comunidade durante o mesmo período já citado. Também foi estabelecida uma pena pecuniária de 10 salários mínimos do valor vigente.

    Da decisão cabe recurso e a Justiça concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade. As defesas dos ex-deputados que tiveram a conversa interceptada, ainda não se manifestaram.



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