Ronaldo dos Santos Lira, suspeito de matar e enterrar o corpo da adolescente Laryssa Victória em Ouro Preto do Oeste (RO), deve ser indiciado por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e armazenamento de material de pornografia infantil.
O inquérito do caso foi concluído nesta quinta-feira (14) pela Polícia Civil e deve ser encaminhado ao Ministério Público de Rondônia (MP-RO). Caso seja condenado pelos crimes, Ronaldo poderá receber pena de até 40 anos de prisão.
O suspeito, preso em flagrante no dia 20 de março, foi transferido da Casa de Detenção de Ouro Preto, durante o fim de semana, para um presídio em Presidente Médici (RO). Ele deve ficar detido no local por 30 dias.
Relembre o crime
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Nesta quinta-feira completam 26 dias que Laryssa Victória foi morta. Ela saiu de casa na noite da sexta-feira, 18 de março de 2022, para se encontrar com amigas, mas não retornou para casa.
A família da adolescente denunciou o desaparecimento na polícia e dois dias depois o corpo foi encontrado enterrado no quintal de Ronaldo dos Santos Lira, um assistente social da cidade conhecido no meio político da região. Ele foi preso em flagrante.
Durante investigação a polícia encontrou imagens de câmeras de segurança que mostram a vítima na companhia de Ronaldo. Em um deles os dois caminham pela avenida Daniel Comboni com outra pessoa que não teve a identidade revelada pela polícia. Em determinado momento, a pessoa se separa deles e o suspeito segue o caminho sozinho com a vítima.
Em outras imagens, gravadas pouco mais de uma hora depois, a vítima está cambaleando e quase caindo, sendo puxada pelo suspeito por ruas do bairro Colina Park, próximo à casa de Ronaldo. Foram as gravações que levaram a polícia até o corpo.
Confissão
Inicialmente Ronaldo não quis dar informações sobre o caso, mas há uma semana ele foi interrogado e confessou o crime. O suspeito afirmou que matou a adolescente pelo “desejo de matar” que tinha desde a infância.
Segundo relato de familiares, Ronaldo conhecia a mãe de Laryssa. O pai da menina acredita que o suspeito aproveitou da proximidade para atrair a menina até a sua casa, onde ela foi encontrada morta.
Na mesma semana foi concluída a perícia nos bens eletrônicos do preso: pen-drives, celular e computador. A investigação encontrou diversos materiais de pornografia infantil que Ronaldo alegou ser para uma “tese de mestrado”.
Por Rauã Araújo e Jaíne Quele Cruz, Rede Amazônica e g1 RO